quinta-feira, 30 de novembro de 2017

DEZEMBRO - A carriça no espinheiro

A graciosa carriça .Fonte da imagem:https://pt.wikipedia.org/ 

«No espinheiro sem folhas,
a jovial carriça,
Quando os pingentes gotejam da rocha,
canta a sua perene melodia.
Mesmo quando os flocos de neve
caem, intensos, sobre as suas asas,
voa ligeira,
debaixo de chuva,
cantando em pleno voo.»

(James Graham  - no livro - A Alegria de Viver com a Natureza
de Edith Holden)

PETI - por Myrtes Mathias


 Periquito verde  - Fonte da imagem:Ahttps://pt.wikipedia.org
PETI

«É preciso que vocês fiquem, antes de tudo, sabendo quem é a Peti. É uma criaturinha toda verde, de bico recurvo,  barulhenta como uma criança feliz e que sabe segurar com classe inconfundível uma flor, um caroço de fruta ou mesmo um pedaço de biscoito bem maior que a patinha delicada. Já advinharam quem é? Exactamente. Um periquito. Melhor, uma periquitinha bastante jovem. Presente de um dos meus alunos logo que cheguei a Tocantínia. Eram dois, mas o outro foi morto por um menino mau. Não é triste? Todos nós ficámos tristes. Principalmente a Peti. Pensei que  ela fosse morrer, encolhidinha e silenciosa na beirada de um cesto onde costumavam ficar durante todo o dia. Felizmente ela se consolou. A gente sempre se consola quando é jovem, não é mesmo? Mas não é bem iso que eu queria contar para vocês. É a história da tempestade que me fez bem melhor um pedacinho da BÍBLIA ,  uma palavra de Jesus.

Outro dia caiu um temporal como jamais vi. Eu estava com outras professoras, assentada na beirada da cama, ouvindo, bastante assustadas todas nós, o roncar dos trovões. Subitamente um clarão terrível iluminou o quarto e o ruido do trovão foi  de  ensurdecer. Instintivamente tapamos os ouvidos e fechamos os olhos. Um raio havia caído  há uns três metros do lugar onde estávamos. Passado o primeiro instante, saímos para ver o que havia acontecido. A tempestade continuava a cair,  os trovões continuavam a roncar. Lá estava a parede fendida, pedaços de alvenaria por toda a parte, vasilhas de metal furadas. No entanto, lá na beirada da cesta que fizera sua, Peti dormia tranquilamente. Indiferente a tudo. Segura, sem sombra de temor. E vendo-a assim, olhinhos fechados, como quem ora, eu lembrei das palavras de Jesus:"Olhai para as aves do céu...nenhuma delas cairá em terra  sem consentimento de vosso Pai.»

Lembram-se de haver isso em suas Bíblias? É uma promessa bonita de Jesus que deve encher o coraçãozinho de vocês nas horas difíceis, nas horas de medo. Lembrem-se de que Jesus disse ainda que nós valemos  mais que muitos passarinhos. Ele está cuidando de cada um de nós.

                 Para que eu vou chorar,
                 se na vida encontro espinhos?
                 O bom Pai que está  nos céus
                 cuida até dos passarinhos.

"Não temais, pois, mais valeis  vós do que muitos passarinhos" » (Mateus 10:31)

(Myrtes Mathias - no livro -  Estrelinhas de Jesus)

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Algumas flores silvestres de Mira-Sintra



segunda-feira, 27 de novembro de 2017

"Ó IDOSO, VIVE A VIDA" ...de Manuel D. Pereira

O, já saudoso...Sr. Manuel Dias Pereira
´"Ó  IDOSO VIVE A VIDA"
 
                          I

'Stamos na vida porque Deus assim quis,
Por ser idosos já novos fomos também,
Nós desejamos cada qual seja feliz,
Pois o final de todos nós um dia vem!...
 
Enquanto há vida não pode fugir a esperança,
nosso passado nos impõe à sociedade,
Fomos prestáveis  disso  nós temos a lembrança,
Somos felizes por chegar a esta idade!...
 
                    REFRÃO 

Ó idoso tu vive a vida,
Nunca te entregues à tristeza,
Porque a vida, que é bem vivida,
Nos dá ânimo  e dá firmeza;
Ser idoso é já ter vivido
Muitos anos, pois já se vê,
Por isso é sempre merecido
O carinho que a ele se dê!... (Bis)

                   II

Ser, pois, idosos,  é ter a satisfação
De ter vivido longos anos trabalhando,
É ter na vida a grata recordação
De, embora idosos, estar na vida cantando!

Se nós cantamos é porque temos prazer
De aos outros dar um pouco da nossa alegria,
Amigos somos de todos vós, podem crer,
Mas também queremos vosso amor e simpatia!

                   REFRÃO

                     CODA

Por isso é sempre merecido
O carinho que a ele se dê,
Por isso é sempre merecido
O carinho que a ele se dê!...

(Sr. Manuel Dias Pereira - no livro - Viver a Cantar - Canções do Grupo Coral de Maceira - P. Pinheiro - Sintra)

Nota:

O Sr. Manuel D. Pereira - Sr. Manuel da Música -   meu grande amigo - deixou de cantar  e escrever, quase aos 100 anos. 
Deixou-nos em Janeiro de 2017.

domingo, 26 de novembro de 2017

Porque hoje é Domingo (467)


«Regozijem-se no SENHOR os que são justos:
Louvem-no os rectos de coração.
Louvem ao SENHOR ao som da harpa;
cantem-lhe salmos com harpas de dez cordas.
Cantem-lhe um cântico novo;
toquem com arte e aclamem-no!...

...Que toda a Terra respeite ao SENHOR;
tremam diante dele todos os moradores do mundo.
Porque ele falou e assim aconteceu;
ele ordenou e assim ficou estabelecido...

...Do céu, o SENHOR lança o seu olhar
e vê toda a Humanidade .
Desde o trono em que está assentado,
Deus observa todos os habitantes da terra.
Pois ele,  que formou os seus corações,
é que discerne tudo o que fazem!

O Senhor é quem vigia  sobre os seus fiéis,
sobre aqueles que esperam na sua bondade;
ele livra-os da morte
e mantém-nos vivos no tempo da fome.
Nós pomos a nossa confiança no Senhor,
é ele quem nos ajuda e protege!
Ele é toda a nossa alegria;
confiamos plenamente no Deus santo.
Que o teu amor,  Senhor, nos acompanhe
pois pusemos  em ti a nossa confiança!»
(Salmo 33: 1 a 3; 13 a 15; 18 a 22)
  Na Bíblia para Todos

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Do Grande Livro do Amor - Tu Vieste

Belas, estas primulas. Fonte da imagem:http://dias-com-arvores.blogspot.pt 


TU VIESTE

...Tu vieste, e o sol veio depois,
E o verde tornou-se dourado;
E as flores-de-lis riram, resplandecendo,
E as prímulas estremeceram de amor.

(Algernon Charles Swinburne)
1837 - 1909 
No Grande Livro do Amor

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Uma quadra inédita de Agostinho da Silva

 O Filósofo e escritor português Agostinho da Silva.


«O MAIS SIMPLES ALICERCE
TRAZ LOGO A CASA TRAÇADA
SE EU QUISER CHEGAR A DEUS
COMEÇAREI POR SER NADA.»
(Agostinho da Silva - no livro - quadras inéditas)

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

PROVINCIANA - Um poema de Cesário Verde

O Poeta português Cesário Verde.Fonte da imagem: https://pt.wikipedia.
PROVINCIANAS
               I
Olá! Bons dias! Em Março
Que mocetona e que jovem
A terra! Que amor esparso
Corre os trigos, que se movem
Às vagas dum verde garço!

Como amanhece! Que meigas
As horas antes de almoço!
Fartam-se as vacas nas veigas
E um pasto orvalhado e moço
Produz as  novas manteigas.

Toda a paisagem se doura;
Tíbida ainda, que fresca!
Bela mulher, sim senhora
Nesta manhã pitoresca,
Primaveral, criadora!

Bom sol! As sebes d'encosto 
Das madressilvas cheirosas
Que entontecem como um mosto,
Floridas, ás  espinhosas
Subiu-lhes o sangue ao rosto.

Cresce o relevo dos montes,
Como seios ofegantes;
Murmuram como umas fontes
Os rios que dias antes
Bramiam galgando pontes.

E os campo,s milhas e milhas,
Com povos d'espaço a espaço,
Fazem-se ás mil maravilhas;
Dir-se-ia  o mar de sargaço
Glauco, ondulante, com ilhas!

Pois bem. O inverno deixou-nos,
É certo. E os grãos e as sementes
Que ficam doutros outonos
Acordam hoje frementes
Depois de uns poucos de sonos.

 Mas nem tudo são descantes;
Por esses longos caminhos,
entre favais palpitantes,
Há solos bravos,  maninhos,
Que expulsam seus habitantes!

É nesta quadra de amores
Que emigram os jornaleiros,
Ganhões e trabalhadores!
Passam clans de forasteiros
Nas terras de lavradores.

Tal como existem mercados
Ou feiras, semanalmente,
Para comprarmos os gados
Assim há praças de gente
Pelos domingos calados!

Enquanto a ovelha arredonda,
Vão tribos de sete filhos,
Por várzeas que fazem onda,
Para as derregas dos milhos
E molhadelas da monda.

De roda pulam borregos;
Enchem então as cardosas
As moças desses labregos,
Com altas botas barrosas
De se atirarem aos  regos!

Ei-las que vêm ás manadas,
Com caras de sofrimento,
Nas grandes marchas forçadas!
Vêm ao itrabalho, ao sustento,
Com fouces, sachos,  enxadas!

Ai o palheiro das servas
Se o feitor lhe tira as chaves!
Elas chegam ás catervas,
Quando acasalam as aves
E se fecundam as ervas!...

                   II

Ao meio - dia  na cama,
Branca fidalga que julga
Das pequenas  da su 'ama?!
Vivem minadas da pulga,
Negras do tempo e da lama.

Não é caso que comova
Ver suas irmãs de leite,
Quer faça frio, quer chova,
Sem uma mamã que as deite
Na tepidez duma alcova'!

(Cesário Verde . no livro - Cânticos do realismo e outros poemas)

terça-feira, 21 de novembro de 2017

"ORAI SEM CESSAR"


"SE  PECARES  E CONTINUARES
A  FALHAR,  NÃO  DEIXES DE  ORAR,
DEUS NUNCA DEIXA DE TE AMAR "

(Kith McCletan  - no livro - A Beleza da Oração)

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

As Orquídeas, Plantas engenhosas



Orquídeas  do meu jardim a "espreitar" pela janela da casa.
 
Belas,  muito belas!
As Orquídeas, Plantas engenhosa

   As orquídeas são todas iguais?

«As orquídeas apresentam   desde configurações relativamente vulgares a formas extraordinárias, incluindo algumas flores fantasiosas que se assemelham a insectos, aves e partes do corpo humano. As suas cores variam do Púrpura a todas as cores do espectro (até o verde), incluindo também o branco. Existem  numerosas orquídeas salpicadas, listradas ou manchadas - padrões coloridos que orientam insectos para a parte da flor especificamente concebida para a polinização.
   Não obstante a sua variedade, todas as orquídeas têm flores com a mesma forma básica - três sépalas  semelhantes a  pétalas e três pétalas  verdadeiras, uma das quais consideravelmente diferente das restantes. Geralmente grande e vistosa, esta pétala distinta assume com frequência a forma de uma bolsa funda que exala um aroma que atrai os insectos. Outra característica comum ás flores das orquídeas é a coluna grossa que se projecta do centro da flor, composta  por partes reprodutivas masculinas e femininas fundidas.
  Graças ao engenho do homem ( bem  como à propensão da orquídea para apresentar formas híbridas), os floricultores têm conseguido milhares de variedades.

  (No livro - O ABC da Natuireza)

domingo, 19 de novembro de 2017

Porque hoje é Domingo (466)


Excerto do Sermão da Montanha

«Digo a todos  os que me estão a ouvir: amem os vossos inimigos e façam bem  a quem vos odeia. Abençoem quem vos amaldiçoa e orem por aqueles que vos tratam mal. Ao que te bater num lado da cara, deixa-o bater também no outro. Ao que te tirar o manto, não o impeças de levar a túnica Dá a quem te pedir, e se alguém levar o que é teu, não tornes a pedi-lo.
   Façam aos outros como desejam que os outros vos façam.   
   Se amarem apenas aqueles que vos amam, que recompensa poderão esperar de Deus? Até os pecadores têm amor àqueles que os amam. Se fizerem bem apenas aos que vos fazem bem, que recompensa poderão esperar? Até os pecadores procedem assim. Se emprestarem apenas áqueles de quem esperam receber, que recompensa poderão esperar? Até os pecadores emprestam uns aos outros para tornarem a receber. Vocês, pelo contrário, tenham amor aos vossos inimigos, façam-lhes bem, e emprestem sem nada esperar em troca. Assim, receberão  grande recompensa e serão filhos do Deus   altíssimo, porque ele é bom até para  as pessoas ingratas e más. Sejam misericordiosos como também o vosso  Pai  é misericordioso.»   

   (Ev.de S. Lucas cap. 4:27 a 35)
          Na Bíblia para Todos 

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Sonhos Perdidos - Um poema de Edite C. C. Pereira

O céu azul da esperança...fotografado por mim aqui em Mira-Sintra.

SONHOS  PERDIDOS

«Por onde andam os sonhos
que sonhei quando criança?
Era tão grande a esperança
que me enchia o coração!
Os meus sonhos onde estão?

Por onde andam os sonhos
que sonhei na mocidade?
já tenho tanta saudade
dos impulsos, da paixão.
Os meus sonhos onde estão?

Por onde andam os sonhos
que sonhei já em mulher?
Tanto ficou por dizer...
já nem sei qual a razão.
Os meus sonhos onde estão?

Por onde andam os sonhos
que continuo a sonhar?
Devem estar nalgum lugar
ouvindo o meu coração.
Os meus sonhos onde estão?»

(Edite C.C. Pereira - no livro - Lágrimas e sorrisos)

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Alguns, dos muitos gatos que ajudámos na casa da aldeia


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Plantas pioneiras

Epilobium angustifolium . Fonte da Imagem: https://jb.utad.pt/

«As plantas pioneiras são espécies que se desenvolvem na primeira fase de uma sucessão - por exemplo, um feto do Havai cresce em fendas pouco  tempo depois de a lava de uma erupção arrefecer; noutras zonas, as flores rosa carregado da espécie Epilobium angustifolium colorem solos florestais desnudados  por incêndios.

Os pioneiros vegetais têm de suportar as mais duras condições - intensa  luz solar e escassez ou   infertilidade do solo. Como as condições de crescimento não são favoráveis à maioria das outras espécies, as plantas pioneiras têm o terreno livre. Poucos competidores desafiarão a sua existência até os pioneiros terem ocupado o terreno e introduzido nele as alterações necessárias à sobrevivência de Outras espécies.»

(No livro - ABC da Natureza)

 Nota pessoal:

Tendo em conta o que acima escrevi:

...as flores  rosa carregado da espécie "Epilobium angustifolium",  colorem  solos florestais desnudados por incêndios" -  apraz-me dizer, e desejar, de todo o coração... que os   milhares de hectares  calcinados pelos incêndios em Portugal...se cubram de uma imensidão destas belas flores,
como  lenitivo para os nossos corações  carregados de dor.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Entregar "toda a nossa vida" ao cuidado do Senhor

 Caminho na Serra de Sintra. Fotografia do  meu filho  Zé .

Entregar "toda a nossa vida" ao cuidado do Senhor

«...a nossa vida  é algo muito complexo, tem aspectos variados, envolve muitas facetas. É feita de alegrias, muitas vezes;  todos os seres humanos, mais ou menos, as têm experimentado.  Devemos entregar as nossas alegrias ao Senhor para que Ele as santifique. Ele se alegrará nos seus filhos, como um bom pai se alegra na alegria do filho. Mas, alegrias entregues  assim  ao Senhor, e que Ele possa santificar, têm de ser alegrias sâs, imaculadas .O prazer baixo, pecaminoso, atentatório da dignidade humana, só lhe causará tristeza: nunca lho poderemos comunicar.
   Mas a vida não tem só alegrias; encontra-se,  por vezes, no pólo oposto: a tristeza.  Há muitas tribulações e sofrimentos. Entreguemos-lhe tudo, expondo - Lhe as nossas tristezas, procurando que mesmo elas contribuam para nosso bem e de todos aqueles que amam a Deus, buscando, por meio delas, a orientação do Senhor, o seu conforto, a Sua consolação.»
(Pastor Dr. João António Marques - no livro - "Olhai para os Lírios do Campo")

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Aconteceu faz hoje 111 anos


13 de Novembro de 1906


«Logo de manhã dei um passeio pelo campo e fui até a uma casa de Elmdon Lane, para fazer alguns esboços  de um melro e de um tordo que lá têm. Estava uma manhã calma, cinzenta e um pouco enevoada. Os bosques e as árvores, esbatidos pela neblina, adquiriam  tons lilases. Muitas átvores estavam completamente despidas, mas os carvalhos  ainda conservavam a sua folhagem e mostravam todos os matizes da cor brônzea e parda, enquanto nas sebes e nas bermas dos caminhos resplandecem os tons dourados do folhedo e dos fetos. Respirava-se por toda a parte o suave perfume das folhas caídas. Atravessei um campo de erva onde havia muitos cogumelos de todas as espécies. O curioso é que, apesar de antes ter atravessado vários campos de erva parecidos, não vi um só cogumelo até chegar a este.
A mulher de um guarda - florestal  que vive junto da casa onde vou pintar os pássaros mostrou-me dois magníficos exemplares dissecados de noutebós que o marido caçou naquela zona. Em  Dartmoor e nos bosques de Surrey e de Cumberland, já tinha visto várias vezes estes pássaros, mas não sabia que também os havia nesta região.»

(Edith Holden - no livro - A Alegria de Viver com a Natureza)

Nota:

Uma das mais lindas prendas que recebi do Jorge, meu marido, em Dezembro  de 2006

domingo, 12 de novembro de 2017

Porque hoje é Domingo (465)


«A minha alma anseia e tem saudades dos átrios do SENHOR;
Todo o meu ser canta de alegria  ao Deus vivo!

Até os pardais  encontram um abrigo
e as andorinhas um ninho,
para si e para os seus filhos,
junto dos teus altares, SENHOR todo - poderoso,
meu rei e meu Deus.

Felizes os que habitam na tua casa
e te louvam sem cessar;
felizes os que em ti encontram auxílio,
os que desejam peregrinar até ao monte Sião.
Que eles façam correr torrentes no vale,
e façam dele um lugar de nascentes
e que Deus o cubra de cisternas.
Eles avançaram cada vez com mais coragem
até se apresentarem em Sião perante Deus...

...Vale mais passar um dia nos teus átrios,
do que mil fora deles!
Antes quero ficar à porta da  casa do meu Deus
do que habitar nas tendas dos maus.
Porque o SENHOR é  nossa luz e protecção;
ele ama e honra os que vivem em rectidão
e não lhes recusa nenhum bem.

Ó SENHOR todo poderoso,
felizes aqueles que em ti confiam!»
(Salmo 84 - na Bíblia para Todos)

sábado, 11 de novembro de 2017

A NOITE E A CASA - Um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen

 A escritora e poetisa  portuguesa - Sophia de Mello Breyner Andresen


A NOITE E A CASA

A noite reúne a casa e o silêncio 
Desde o alicerce desde o fundamento 
Até à flor imóvel
Apenas se ouve bater o relógio do tempo

A noite reúne  a casa  a  seu destino

Nada agora se dispersa se divide
Tudo está como o cipreste  atento

O vazio caminha em seus espaços vivos

(Sophia de Mello Breyner  Andresen - no livro - Obra Poética II )

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Quero que apreciem algumas das minhas rosas


"Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa."
             (Antoine de Saint-Exupéry)


quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Colhe-se proporcionalmente ao que se semeia


Não podemos esquecer a exortação do apóstolo Paulo:

Vamos colher o que  semearmos. Façamos então uma selecção de sementes, atirando fora, para longe,  ou queimando, as sementes malignas, que nos reservarão colheita terrível, se continuarmos a usá-las, e sirvamo-nos apenas das boas sementes, delas fazendo larga sementeira, porque nelas temos a garantia de uma colheita agradável e abençoada, que permanecerá para a vida eterna.
Semeemos na obra de Deus, porquanto, tal como a terra retribui, multiplicadas, as sementes   que lhe lançam no ventre, também Deus nos dará « cem vezes mais»  por aquilo  que tivermos feito.
Semeemos esforçadamente, mesmo sacrificialmente, pois quanto maior for o sofrimento da sementeira, maior será também a alegria da colheita.

(Pastor Dr João António Marques - no livro - Olhai para os Lirios do Campo)

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Belezas de Sintra - Canção de Manuel Dias Pereira

Lindas "glórias da manhã" - que encontramos em vários recantos da bela Sintra. Foto pessoal.

BELEZAS DE SINTRA

Eu fui á Peninha,
Eu fui ao castelo,
Fui ver a paisagem...
Como tudo é belo!...(Bis)

Como tudo é belo
E a vista que tem;
Eu fui aos Capuchos
E á Pena também! (bis)

E á Pena também,
Tudo visitei,
Eu fui á Cruz Alta,
Confesso gostei! (bis)

Confesso gostei,
Fiquei deslumbrado/a
De lá vi o mar,
Fiquei encantado/a! (bis)

Fiquei encantado/a
Com a  natureza
E a Serra de Sintra
Com tanta beleza! (bis)

Com tanta beleza
Com a luz e cor,
Eu vi pela serra
Jardins em flor!...(bis)

Jardins em flor
Eu ainda vi mais;
Fui a Monserrate,
Eu vi Seteais...(bis)

Eu vi Seteais
E á Vila desci,
Fui ver o Palácio,
Fiquei por aqui...(bis)

Fiquei por aqui
Cansado de andar,
Mas subi ao Parque
P'ra lá descansar... (bis)

P'ra lá descansar
E rever a jornada
Da Sintra tão bela,
"Princesa encantada"!

(Manuel Dias Pereira - no livro  - Viver a Cantar -
 Canções do Grupo Coral de Maceira - Pero Pinheiro)

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Atleta portuguesa - Nádia Carvalho (16 anos) salva idosa de morrer afogada

A atleta portuguesa Nádia Carvalho. Fonte da imagem:http://www.mediotejo.net/ 
A atleta  saindo do rio  apoiada pela PSP.  Foto de Fabiana Sopusa. http://www.mediotejo.net/


« Nádia Carvalho, atleta de 16 anos do Núcleo do Sporting de Torres Novas, esteve no centro de um salvamento inesperado este domingo, 5 de novembro. Quando a equipa se preparava para seguir caminho para o corta mato nacional em Torres Vedras, cerca das 7h15, deparou-se com uma idosa que aparentemente se atirava para o rio Almonda. Nádia não hesitou, saltou para a água, e manteve a idosa à tona até chegarem as autoridades.

O caso foi relatado nas redes sociais e rapidamente partilhado sucessivamente, descrevendo-se a atitude de Nádia Carvalho como heróica. A jovem atleta acabaria por não participar na competição nacional, na qual iria procurar o apuramento para representar Portugal na modalidade.
O mediotejo.net contactou Nádia Carvalho na manhã desta segunda-feira, 6 de novembro, depois de um dia em que recebeu felicitações de muitos pelo ato de coragem. Passavam das 7h00 quando Nádia chegou ao ponto de encontro da equipa, junto à Ponte do Raro, e admite ter visto a idosa a atirar comida aos peixes. “Um senhor da minha equipa ouviu um som de alguém a mandar-se para a água. Começou tudo a gritar, eu atirei-me”.


Nádia reconhece que entrou em pânico e nem teve noção do que estava a fazer. “A senhora dizia que queria morrer, estive a consolá-la”, recorda. Entretanto chegou a polícia, sendo que um dos elementos também se atirou para dentro de água e ajudou Nádia a segurar na idosa.
Com toda a situação, a jovem atleta, recordista dos 1500 metros obstáculos nos Iniciados e anterior campeã nacional dos 2 mil metros obstáculos, acabaria por falhar o corta mato de Torres Vedras, perdendo assim a hipótese de qualificação nacional. “Valeu a pena, não me arrependo”, comentou ao mediotejo.net, constatando que haverá outras oportunidades.
Natural de Torres Novas, Nádia Carvalho pratica atletismo há sete anos. Ao telefone, num intervalo entre aulas, teve ainda tempo de falar um pouco de si, referindo que gostaria de se tornar polícia, como o pai, e treinadora. Uma situação como a de domingo, admite, espera não tornar a repetir.


O mediotejo.net falou também com um dos responsáveis do núcleo, Raúl Santos, que estava na carrinho a preparar a viagem quando tudo sucedeu. “É uma heroína”, afirmou, lembrando o episódio, constatando que no sítio onde a idosa caiu a própria Nádia já tinha a água pelo pescoço. “A corrente é pouca e o rio já não leva tanta água”, explicou, tendo acabado também por ser um momento de sorte.
Raúl Santos lamenta apenas a demora no contacto do 112, que fez com que a ambulância chegasse apenas 20 minutos depois ao local, tendo a polícia demorado metade do tempo. A equipa acabou por partir sem a atleta, que ainda ficou na água. Já a idosa, adiantou, é viúva e vive na zona, ao que tem conhecimento, tendo sido transportada para o Hospital de Abrantes.
Sobre a atleta, o responsável afirma que o próprio ato de coragem a descreve. “A Nádia deveria ser reconhecida nacionalmente”, frisou, assim como pelo município. “É uma criança”, constatou, que empreendeu um ato de audácia. “Eu só vi a Nádia no ar”.»
    (http://www.mediotejo.net/)

Nota pessoal:

Esta noticia, ouvida hoje de manhã, alegrou e deu  uma nova luz, ao meu dia!
Que contentamento senti!
Emocionei-me até...

16 anos!
Quase uma criança...
No entanto, saltou para a água e não pensou em mais nada, a não ser salvar a senhora idosa.
 Creio que o caso deveria ser mais divulgado, para que "toda a gente soubesse".

Por mim,  com o coração apertadinho... e com uma imensa gratidão, quero dizer à Nádia:

MUITO OBRIGADA NÁDIA!
Foi exemplar!
Continue sendo assim generosa.
Que Deus a recompense e  lhe dê muitas alegrias.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Memórias de Infância - Um poema de Edite C. C. Pereira

 Foto  da Viviana

MEMÓRIAS DE INFÂNCIA

O combóio a apitar
e a nora a chiar,
com o burro indolente
esperando impaciente
que o pusessem à solta,
cansado de tanta volta.

As vaquinhas a mugir,
olhos meigos  a pedir
só um pouco de atenção.
E o Fera? Aquele cão
Atrevido barulhento,
Mas também tão ternurento!
 
Os bois mansos e  possantes,
enormes, deselegantes,
pelo amarelo suado
de puxarem o arado
desde cedo, todo o dia
debaixo do sol que ardia.

O cavalo orgulhoso,
elegante e teimoso,
a mula velha, cansada,
sempre tão contrariada,
não queria passear,
preferia descansar.

O carneiro que balia
e o porco que grunhia,
galinhas cacarejavam
também os gatos miavam.
Pessoas que se moviam,
que trabalhavam, corriam...

O pão a sair do forno
e comido ainda morno,
com doce que a avó fazia
Ah!  Que bem que nos sabia!
E que mistura de odores!
O pão, a fruta e as flores...

Se eu pudesse voltar
atrás, àquele lugar,
aqueles tempos distantes
mesmo só por uns instantes...
Ter de novo aquela idade
e matar esta Saudade!
 
(Edite C.C. Pereira)
No livro  - Lágrimas e Sorrisos

domingo, 5 de novembro de 2017

Porque hoje é Domingo (464)

O amado Pastor Adolfo Pinto anunciando a Palavra, na Igreja de Leomil - Beira Alta.

O anjo do SENHOR  envolve os que o honram
e livra-os do perigo.
Provem e vejam como o SENHOR  é bom;
feliz o homem que nele confia!
Temam ao SENHOR  todos os que se consagram a ele,
pois não falta nada àqueles que o respeitam.
Os ricos empobrecem e passam fome,
mas nenhum bem faltará aos que procuram o SENHOR.
(Salmo 34 :7 a 10)
Na Bíblia para Todos

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Todas as ervas daninhas são prejudiciais?

Uma linda erva daninha que "invade tudo" à volta do meu jardim.

Em determinado sentido não existem ervas daninhas. Para além de outras características, o dicionário define erva daninha  «como uma planta sem valor» - mas quase todas as plantas possuem qualquer característica útil. Aglomerações densas de ervas daninhas impedem a erosão do solo, e os seus resistentes e  extensos sistemas  radiculares perfuram solo compacto.
As ervas daninhas são em alguns casos fontes de medicamentos, corantes e outros produtos úteis. Embora dependam menos do que os animais selvagens das ervas daninhas como alimento,  os seres humanos consomem algumas, como o agrião,  a chicória e folhas de dente - de  - leão. As ervas daninhas podem também ser atraentes - a sua folhagem delicada, os seus frutos fascinantes e as suas flores formam na paisagem manchas coloridas extraordinariamente belas.
    (No livro - O A B C da Natureza)

Um belo dente de leão, que  nasceu no vaso que está à porta do meu prédio

Flor da chicória. Devia ter vinte cm de altura, mas a seca não a deixou crescer. Mesmo assim, juntinho ao chão, ela floriu! Junto ao jardim da casa da aldeia.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Como homenagem à minha linda amiga Susete Vicente

Saudades...da D.ª Susete.
A Dª. Susete Vicente era uma linda e simpática senhora, que vivia "na minha aldeia".
Considerava-a uma boa e fiel amiga...
Gostava imenso de a encontrar nos caminhos da aldeia, onde regra geral, dávamos sempre "dois dedos de conversa".
Partiu para o Céu há cerca de dois anos, deixando imensas saudades.
Hoje, pegando num livro, da estante, aqui ao lado, um livro que tem muitas coisas bonitas - músicas, canções e danças, da minha aldeia, ao abri-lo, os meus olhos  foram bater num poema sobre o Dia da Espiga, da autoria da minha amiga Susete.  Ao lê-lo, achei-o tão lindo, tão cristalino, que me deu uma grande vontade de o partilhar aqui, com os amigos.

Ei-lo:

O DIA DA ESPIGA 
                I
Neste dia de Ascensão
Já minha avó me dizia:
Se chover dará mais pão
P'ra  termos em cada dia;

Essa espiga que aí tens,
Que bonita que ela está,
P'ra dar o pão que comeis
Por muitas mãos passará!

Refrão

Ai que dia de amizade
Que aqui  'stamos a viver,
Que nos vai deixar saudade,
Nunca mais vamos 'squecer! (bis)
          
                 II 
Foi primeiro o lavrador
Na terra o grão a semear
E com carinho e amor
Essa terra irá tratar;

A chuva, o sol e o vento, 
É que o vão desenvolver,
Faz parte do teu sustento
Esse pão que irás comer!
                III
Mas até a pão chegar
Muito trabalho dará,
Colhe-se e vai debulhar
E ao moinho passará;

O moleiro enfarinhado,
Todo branco e já velhinho,
Lá vai com todo o cuidado
Tratando do seu moinho!

                  IV
O moinho vai moendo
Até  farinha obter,
O padeiro vai fazendo
O pão que vamos comer;

Pelo pão que todos comem
Agradeçamos aos céus:
Foi precisa a mão do homem
Mas também a mão de Deus!

(Susete Vicente - no livro - VIVER A CANTAR -
     -   de Manuel Dias Pereira)

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Os meus Hinos queridos (11)


Martinho Lutero. Fonte da imagem: https://pt.wikipedia.org/

Por ocasião da celebração   dos 500 anos  da Reforma Protestante,  aproveito para dar a conhecer aos amigos que por aqui passarem, um do meus Hinos queridos - Castelo Forte é nosso Deus - nº 323 do Cantor Cristão. 
Canto-o desde criança, e daí, sabê-lo  de memória. 
Aprendi a cantá-lo na amada e saudosa Igreja Baptista de Leiria, onde cresci; porém,  as mais doces recordações deste Hino,  são dos cultos domésticos na nossa casa, dirigidos pelo meu saudoso e querido pai. Fecho os olhos e revejo a cena: O pai, a mãe, e os quatro filhos, sentados à volta da mesa da sala, cantando este e, tantos outros hinos do Cantor Cristão. Ainda pareço ouvir a voz forte e bela, do pai, e a voz fininha e suave da mãe.

 Eis o Hino:

CASTELO FORTE É NOSSO DEUS

Castelo forte é nosso Deus, espada e bom escudo
Com Seu poder defende os Seus,
Em todo transe agudo
Com fúria pertinaz, persegue Satanás.
Com artimanhas tais, e astúcias tão cruéis,
Que iguais não há na terra!

A nossa força nada faz, estamos sim perdidos.
Mas nosso Deus socorro traz, e somos protegidos.
Defende -  nos Jesus, o que venceu na cruz.
Senhor dos altos céus, e sendo o próprio Deus,
Triunfa na batalha!

Se nos quisessem devorar, demónios não contados.
Não nos podiam assustar, nem somos derrotados.
O grande acusador, dos servos do Senhor.
Já condenado está, vencido cairá,
Por uma só palavra!

Sim que a palavra ficará, sabemos com certeza.
E nada nos assustará, com Cristo por defesa.
Se temos de perder, os filhos, bens mulher.
Embora a vida vá, por nós Jesus está,
E dar-nos-á Seu Reino!

Martinho  Luthero (1483-1546)