sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Os meus Hinos queridos (6) - Ano Novo
Dr. João Gomes da Rocha
Nas Igrejas e famílias evangélicas Baptistas canta-se muito, pois o cântico faz parte integrante do Culto a Deus.
Eu gosto de cantar. Desde que me lembro de mim e até hoje...sempre tenho cantado e sei de memória muitos, muitos hinos.
No "Cantor Cristão" que é o nosso hinário, temos uma enorme variedade de hinos, apropriados ás mais diversas situações e acontecimentos.Por exemplo, temos vários para cantar na noite de ano novo sendo o mais esolhido o "Ano Novo"
Amanhã, querendo Deus, irei cantá-lo uma vez mais no culto familiar, aqui em casa, juntamente com todos os meus filhos, noras e netos. Eu sei que vai ser um momento muio belo em que nós, depois de jantar, estaremos volvidos para o nosso Deus, adorando-o, louvando-o, agradecendo as bençãos deste ano que está mesmo a findar...e suplicando o seu cuidado terno e amoroso para connosco no próximo ano que está aí a chegar. Habitualmente, quando dão as doze badaladas e o ano "velho "se vai e o novo se apresenta, estamos em oração. Todos têm oportunidade de orar em voz alta, tanto os adultos como as crianças. Recordo como foi comovente e tocante, no ano passado as netas Beatriz e Inês, com as suas suaves e doces vozes infantis, se dirigirem a Deus com tanta algria. Enquanto lá fora, na rua, se batem tampas de panelas e se lançam foguetes, nós estamos numa santa e doce comunhão com Deus. Enquanto viver e o puder fazer será assim a minha passagem de ano.
Já agora, apresento-vos o Hino Ano Novo.
Rompe a aurora, vai-se embora
Mais um ano de labor;
Não temamos, prossigamos
A lutar com mais ardor.
Cada dia Cristo, o Guia,
Nos renove o coração;
Temos gozo, bom repouso,
Confiando em sua mão.
Do pecado resgatados,
Pertencemos a Jesus;
Nova vida, santa lida,
Temos nós por sua cruz.
Hinos santos entoemos
E louvemos ao Senhor!
Vem do arcano mais um ano
Que anuncia seu favor!
Refrão
O ano findo nunca mais veremos;
O ano novo hoje recebemos!
Vê, vê, o belo dom que Deus nos dá!
Um pouco da história deste hino:
«A autoria deste lindo cântico é de João Gomes da Rocha.
O Dr. João Gomes da Rocha nasceu no Rio de Janeiro em 14 de Março de 1861, filho de António Gomes da Rocha e de Maria do Carmo, ambos portugueses.
Foi adoptado por o Dr. Robert Kalley e Sara Poulton Kalley, missionários escoceses, pioneiros no Brasil.
Estudou medicina em Londres. Foi médico missionário na Inglaterra,Madagascar
e África.
O Dr. Rocha aproveitou uma viagem que fez á América do Sul para visitar a família no Brasil, e tornou-se membro da Igreja Evangélica Fluminense, fundada pelo casal Kalley.
Estudou música na Escócia, cooperou activamente com a Dª Sara Kalley após o falecimento do seu esposo, no preparo de algumas edições de "Salmos e Hinos".
Depois da morte da Dª Sara, continuou a obra. Preparou várias edições até 1919, quando dotou de valiosos índices a quarta edição com música.Ele também produziu numerosos hinos, entre traduções, adaptações e trabalhos originais.
Faleceu em 1947, na Escócia, onde morava, mas o seu coração nunca saíu do Brasil, sua terra natal.»
(http://arrazmaz.blogspot.com/)
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Por Portugal adentro (1)
Ponte sobre o Rio Vez - Arcos de Valdevez
Olhares - fotografia online - Foto de Mário Delgado.
Clique em cima para ver melhor
"Bora daí..." vamos conhecer o Rio Vez em Arcos de Valdevez!
«A Ponte Sobre o Rio Vez, também conhecida pelo nome de Ponte da Vila, é talvez das pontes mais características de toda a região Norte. É uma construção do século XIX, iniciada em 1876 e finalizada em 1880, que substituiu a antiga ponte medieval, da qual não restaram elementos arquitectónicos. Sabe-se apenas que o antigo monumento era constituído por quatro arcos, de volta redonda, apoiados em fortes pegões, sem olhais, e com talhamares. Existiam também duas rampas de acesso, que subiam desde cada uma das margens do rio Vez até um patamar plano. Daqui vem o nome da vila, sendo que o topónimo «Arcos» aparece já referenciado em 1258. A ponte sobre o rio Vez demonstrou ser um elemento de ligação essencial para o florescimento de toda a vila e de toda a região. »
O Rio vez o principal tributário da margem direita do rio Lima, nasce à volta de 13oo m de altitude, na Serra da Peneda nas lamas do vez. Nos primeiros quilómetros descreve uma vasta curva para ocidente até ao lugar de Loureda, após o que inflecte para sul, direcção que mantém até à sua confluência com o Rio Lima. Neste trajecto o Rio Vez corre em vale quase rectilíneo de direcção N - S.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Pensando com António Damásio
O Pensador - August Rodin
...Olhamos para a consciência como coisa garantida porque é tão disponível, por ser tão simples de usar, tão elegante nos seus aparecimentos e desaparecimentos diários. No entanto, todas as pessoas, cientistas incluídos, ficam perplexos ao pensar em tal fenómeno. De que é feita a consciência? Parece-me que terá de ser a mente com algumas pecularieades, visto que não podemos estar conscientes sem uma mente da qual podemos ter consciência. Mas de que é feita a mente? Virá do ar? ou do corpo? As pessoas inteligentes dizem que vem do cérebro, que se emcontra no cérebro, mas a resposta não é satisfatória. Como é que o cérebro faz a mente?
Especialmente misterioso é o facto de ninguém ver a mente dos outros, consciente ou não. Podemos observar-lhes o corpo e o que fazem, dizem ou escrevem, e podemos opinar com algum conhecimento quanto áquilo em que estarão a pensar. No entanto, não podemos observar-lhes a mente e apenas nós próprios somos capazes de observar a nossa, a partir do interior, e através de uma janela bem estreita. As propriedades da mente, já para não falar da mente consciente, apresentam-se de uma forma tão díspar daquelas da matéria viva visível, que as pessoas atentas se interrogam sobre a forma como um processo - a mente consciente - se funde com os outros - as células vivas que se unem em aglomerados a que chamamos tecidos.
Claro que dizer que a mente consciente é misteriosa, que o é, não é o mesmo que dizer que o mistério é insolúvel. Não é o mesmo que dizer que nunca seremos capazes de entender como um organismo vivo dotado de cérebro desenvolve uma mente consciente ou declarar que a solução do problema se encontra fora do alcance do ser humano.
In - O Livro da Consciência
António Damásio
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Nevoeiro - Fernando Pessoa
Nevoeiro em Sintra.
agorasousra.blogspot.com
Valete, Frates. 10-12-1928
Fernando Pessoasegunda-feira, 27 de dezembro de 2010
S. O. S. Oração
Imagem da net.
Joana - 27 anos
Situação gravíssima.
Os médicos não sabem mais o que fazer.
Deus sabe - Para Ele não há impossíveis.
O Apóstolo Tiago disse:
"Orai uns pelos outros para que sejais curados. A oração actua poderosamente quando é feita por uma pessoa justa.
(Ep. de S. Tiago 5:16)
Precisamos urgentemente de construir uma "muralha" de oração á volta da Joana.
Peço, encarecidamente, a todos os amigos que por aqui passarem que crêem no poder e valor da oração, que se juntem a nós nesta intercessão, a fim de que o Deus de amor tenha misericórdia e compaixão da Joana e exerça o seu poder salvando a sua vida.
Desculpem, mas não vos posso dizer mais nada sobre ela.
Obrigada - bem hajam. Que Deus vos abençoe.
domingo, 26 de dezembro de 2010
Porque hoje é Domingo (134)
O Pastor Jorge Leal - Igreja Baptista das Boas Novas - Amadora
«E foram apressadamente, e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura.
E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita;
E todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam.
Mas Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração.
E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito.
E, quando os oito dias foram cumpridos, para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido.
E, cumprindo-se os dias da purificação dela, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor
(Segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo o macho primogênito será consagrado ao Senhor);
E para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor: Um par de rolas ou dois pombinhos.»
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Para todos um bom Natal
Desejo a todos os amigos que gentilmente passam por aqui um Feliz e alegre Natal juntamente com as suas famílias e amigos.
" O povo que andava em trevas viu uma grande luz; e sobre os que habitavam na terra de profunda escuridão resplandeceu a luz.
... Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz."
(Livro do profeta Isaías)
Que o menino de Belém seja o centro da nossa festa, pois Ele é o Aniversariante.
Natal sem Ele não pode ser o verdadeiro Natal.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Cantors - a Faith in Song
Tem a ver com uma apresentação musical feita a partir da Sinagoga Portuguesa de Amsterdão.Achei tão bonito e tão tocante que decidi partilhá-la com os amigos que gentilmente, passam por aqui.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
As "lavadeiras"
As netas Margarida, Sara, Beatriz e Carolina.
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Recuado, pode ver-se o Pedro.
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No passeio que demos no sábado passado junto da casa do meu filho Pedro, em Rio Maior, encontrámos um antigo lavadouro público e as meninas, que pertencem a "outros tempos," quiseram experimentar como se fazia.
Pena é, que estes interessantes símbolos de antigamente não sejam preservados para a posteridade saber como era lavada a roupa até há poucos anos atrás.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Os jovens escolheram Sophia de Mello Breyner Andersen
Hoje, teve lugar a festa de Natal na nossa Igreja na qual colaboraram os vários Departamentos. Aos jovens tinha sido solicitada a apresentação de um poema alusivo. Procuraram em vários livros de poetas evangélicos conhecidos, mas acabaram escolhendo um belíssimo poema da grande poetisa portuguesa Sophia de Mello Breyner Andersen, cuja mensagem e declamação nos transportou há dois mil anos atrás quando em Belém da Judeia nasceu o tão esperado Principe da Paz, o Senhor Jesus Cristo.
Fiquei a pensar que quando a poetisa a escreveu não imaginaria por certo que um dia os jovens de uma Igreja Baptista a escolheriam para ser apresentada numa linda Festa de Natal e que seria tão apreciada como foi.
Desejamos partilhá-la aqui hoje com os amigos que por aqui passarem.
A paz sem vencedores e sem vencidos
«Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Que o tempo que nos deste seja um novo
Recomeço de esperança e de justiça.
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos»
Sophia de Mello Breyner Andersen
Dual (1972)
domingo, 19 de dezembro de 2010
Porque hoje é Domingo (133)
Imagem da net.http://arte-bhagavan.blogspot.com
E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,
A uma virgem desposada com um homem, cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria.
E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres.
E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras, e considerava que saudação seria esta.
Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus.
E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus.
Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai;
E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.
(Ev.de S. Lucas 1:26 a 33)
... Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor,
E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador;
Porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada,
Porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome.
E a sua misericórdia é de geração em geração Sobre os que o temem.
Com o seu braço agiu valorosamente; Dissipou os soberbos no pensamento de seus corações.
Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os humildes.
Encheu de bens os famintos, E despediu vazios os ricos.
Auxiliou a Israel seu servo, Recordando-se da sua misericórdia;
Como falou a nossos pais, Para com Abraão e a sua posteridade, para sempre.
(Ev.de S. Lucas 1:46 a 55)
sábado, 18 de dezembro de 2010
Assim escreve Clarice Lispector
"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio dos outros."
(Clarice Lispector)
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Ele entretem-se com qualquer coisa
Sempre que o Nuno vem cá a casa é na cozinha que ele encontra sempre qualquer coisa com que se entreter. Desta última vez foram as nozes. Distribuiu-as assim.
O helicóptero
Esta tarde, assistia eu ao programa "Opinião Pública, " na televisão, quando li em roda pé a seguinte notícia:"Última hora - Uma avioneta caiu há momentos na Praia da Aguda, Sintra. Há dois feridos graves."
Um pouco depois, a Jornalista informava que havia a registar um morto e um ferido grave politraumatizado.
Dai a momentos é estabelecida a ligação com o jornalista no local que informa que está a levantar vôo um helicóptero da Emergência médica, conduzindo um jovem politraumatizado para o Hospital de Santa Maria.
Fiquei muito triste.
Ainda por cima a praia da Aguda é, desde há muios anos, a minha praia "mágica"preferida, de Sintra.
Levantei-me, abri a janela da cozinha para apanhar a roupa estendida, quando de repente, ouvi o forte ruído de um helicóptero, voando, quase em vôo rasante, por sobre o telhado da cozinha. Num instante tomo consciência que se trata do helicóptero do INEM que trnsporta o ferido grave do acidente da praia da Aguda.
Deixo a roupa, meto-me para dentro e em lágrimas, volvo os olhos para Deus e imploro:
Senhor, tem misericórdia deste jovem que vai neste helicóptero em estado grave para o hospital! Por favor, Senhor, salva-o! Salva-o Senhor!
Que os teus anjos o guardem e o acompanhem.
Senhor, abençoa também os pais e a família do outro jovem que morreu.
Dá-lhe por favor o teu consolo e o teu conforto.
Em nome de Jesus eu te suplico
Amen.
A noticia
Sintra: Uma avaria no motor será causa da queda de avioneta na praia da Aguda
Sintra, 15 dez (Lusa) -- Uma avaria no motor terá sido a causa da queda de uma avioneta hoje na praia da Aguda, em Sintra, provocando a morte do piloto e um ferido grave, disse à Lusa fonte do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves.
Segundo a mesma fonte, por volta das 15:00, os passageiros da avioneta contactaram a Base Aérea de Sintra a dar o alerta.
"Estavam a encaminhar-se para o Aeródromo da Tojeira mas já não conseguiram. Tentaram aterrar na praia da Aguda", disse a fonte, adiantando que deverá o problema deverá ter sido uma falha no motor.
In- Diário de Notícias online
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Hernâni Lopes - Um homem ao serviço de Portugal
Porfessor Dr. Hernâni Lopes
«Quando em 1983, Mário Soares o convidou para Ministro da Finanças do Governo do Bloco Central aceitou o desafio, porque colocou a Pátria acima da família.
Quando no verão de 1985, Soares lhe pediu para baixar os preços dos combustíveis devido ás eleições eleitorais que ocorreriam pouco depois, disse-lhe que não faria tal coisa por a situação orçamental ainda não estar consolidada.
No dia 28 de Março de 1985, por volta das três da manhã, saíu de uma sala do edifício Berlaymont da Comissão Eurpeia em Bruxelas, tendo ao seu lado o Ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, Fernando Moran, para anunciar que as negociações da adesão de Portugal e Espanha á então Comunidade Económica Europeia estavam concluídas - tarefa que tinha conduzido entre 1979 e 1983 como Chefe da Missão de Portugal junto das Comunidades Europeias.
Logo nessa madrugada disse que o mais fácil estava feito - a partir daí é que iria começar o verdadeiro desafio para Portugal.
Professor "há uma eternidade", como diz na sua última entrevista á revista do Montepio, nunca perdeu esse jeito de explicar de forma ilustrada o que pretendia dizer.
Os textos que publicava na SaeR, empresa que fundou, são de uma enorme profundidade e previsão: Lutou denodadamente pela criação de uma élite nacional, que considerava decisiva para conduzir o Pais por bons caminhos.
O triângulo da Lusofonia Portugal- Brasil - Angola era, para ele o Santo Graal que nos poderá dar um papel no século XXI. E foi ele que apontou o cluster do mar como decisivo para o nosso futuro a par do aproveitamento de oportunidades no turismo, ambiente, serviços de valor acrescentado e cidades.
A par da sua intervenção pública, era um homem de uma enorme integridade, verticalidade e exigência - mas também de grande afabilidade. Quando há quatro anos descobriu que tinha um linfoma, deu uma notável entrevista ao jornalista Vergílio Azevedo, do Expresso, onde afirmava: "A doença foi a nível espiritual uma das maiores bençãos de Deus que tive na minha vida."
Definia-se como "um cidadão honesto que estuda e trabalha, um pai de família que ama Portugal." E tinha uma receita, com sete regras, para sermos melhores: estudar, estudar, estudar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar.
Ao contrário do que se diz, há pessoas insubstituíveis. Hernâni Lopes era uma delas. O país deve-lhe um enorme agradecimento por tudo o que fez por Portugal.
E eu agradeço-lhe o enorme privilégio de ter aprendido tanto consigo.»
Nicolau Santos
Jornal - O Expresso
04/12/2010
Nota: Hernâni Lopes faleceu no dia 2 de Dezembro de 2010.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Um a um
Os meus amigos e irmãos, José do Nascimento Gomes e Edite.
Eterno Lar
Na eterna mansão para ali morar, sim um a um!
Vestidos de trajes celestiais, bem longe do mundo e dos tristes ais,
Desfrutam com Cristo a perfeita paz, gozando uma vida que satisfaz.
No eterno lar querido lar, ei-los entrando um a um;
No eterno lar, no lindo lar, sim um a um!
Também nós havemos de ali chegar, um a um, um a um!
Da glória dos salvos compartilhar, sim um a um!
Irão uns entrar nesse lar de além, sem muito sofrer no viver de aquém,
Mas outros terão de lutar, sofrer, porém hão de entrar sem desfalecer.
No eterno lar querido lar, ei-los entrando um a um;
No eterno lar, no lindo lar, sim um a um!
Humildes, submissos a Ti Senhor, todos nós, todos nós;
Queremos viver sob o Teu favor, sim todos nós!
Contigo almejamos participar, da vida gloriosa do eterno lar,
Ó Tu, que dominas a terra e os céus, transporta-nos todos nos braços Teus!
No eterno lar querido lar, ei-los entrando um a um;
No eterno lar, no lindo lar, sim um a um!
William A.Ogden (1841-1897)
Mary Eliza Leslie (1834- ? )
Ontem, "Entrou" ... o meu mui amado e querido irmão em Cristo José Nascimento Gomes.
Uma pessoa linda, amável, delicado, correto, um excelente conversador; dava gosto falar com ele sobre o seu "metier" - Geologia. A paixão com que falava das rochas e das pedras era contagiante. Era com ele que eu esclarecia dúvidas e com ele aprendi muitas coisas.
Não nos encontrávamos muitas vezes, mas sempre que acontecia era uma alegria e um prazer emorme.
Terminou a sua caminhada terrena. Fez muitas coisas importantes e úteis.
Amou, e foi amado por muitos... fica nos nossos corações uma enorme saudade.
Já entrou no Eterno Lar onde foi amorosamente recebido pelo Pai.
Descansa dos seus trabalhos e goza a bem-aventurança eterna, prometida e reservada, para aqueles que foram lavados pelo Sangue remidor do Cordeiro - O Senhor Jesus Cristo.
Foi uma benção sem medida, conhecê-lo, privar com ele, e sobretudo tê-lo como irmão na fé em Cristo. Para a Edite. a esposa, a "Editinha" para mim...o meu enorme abraço e o desejo de que de o seu consolo venha dirctamente do Deus de Amor.
domingo, 12 de dezembro de 2010
A Alegria de Deus
Imagem da net.
"A busca de Deus é a busca da alegria.
O encontro com Deus é a própria alegria."
(Santo Agostinho)
Porque hoje é Domingo (132)
Capela Circular de S. Mamede - Janas - Sintra
Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.
Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?
E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?
E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?
E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.
Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?
Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.
(Ev. de S. Mateus cap. 25: 34 a 46)
sábado, 11 de dezembro de 2010
Foi há noventa e nove anos
A "Nena" - minha mãe
Fez hoje noventa e nove anos que a Nena - a minha querida mãe - nasceu.
Foi no dia 10 de Dezembro do ano 1911, lá na longínqua Bompland, Oberá, Argentina.
Seria a primeira filha de um total de dez, do meu avô Alvar Ossean Bengelsdorff e da minha avó Olga Schwartz.
Foi uma pessoa extraordinária. Uma grande, grande mulher.
Sou infinitamente grata a Deus por ela.
No próximo dia vinte e quatro deste mês, véspera de Natal, farão oito anos que Deus a chamou para ir descansar junto de si, lá no céu.
Ficou sempre, sempre, nos nossos corações e ficará...
Ela só não está fisicamente.
Há saudade, muita saudade!
Mas também há uma doce e serena recordação.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Recebi a primeira visita da minha neta Clara
Ontem, feriado em Portugal, o meu filho João telefonou-me perguntando se eu estaria em casa depois do almoço pois pretendia visitar-me e trazer a pequenina Clara, o que se traduziria na sua primeira vinda á casa da avó Viviana.
Ele e a minha nora Joana consideram que aos dois meses de vida a Clara já pode começar a sair de casa, pois até agora só o tem feito para ir ás consultas médicas de rotina.
Obviamente, cheia de alegria, confirmei que sim, que estaria em casa e agradeci desde logo a visita.
Não demorou muito que ele e a Joana chegassem com a bébé, dado que moram a 15 minutos de carro daqui.
Quando a campaínha tocou, rápidamente abri a porta e sorridente, aguardei-os na escada.
O João vinha á frente com a menina ao colo, seguido de perto pela Joana.
Observei o seu rosto, a sua expressão de alegria, até a forma como segurava a Clara; ele estava tão feliz de entrar na casa dos seus pais, onde foi criado, trazendo a sua filha pela primeira vez! Era como se ele trouxesse o mais belo presente, a melhor e mais valiosa prenda!
Entrou, e de imediato me passou a menina para os braços para que eu lhe pegasse ao colo. Aquele momento foi muito especial para mim. Na minha casa, recebia pela primeira vez, a minha netinha mais nova.
Ela, que é admiravelmente serena e calma, aceitou o meu colo de bom grado.
Meu Deus, como ela está linda!
Como é robusta e bem desenvolvida!
Nela, tudo é perfeito! Nem uma mancha, nem uma borbulha!
Admiravelmente bem cuidada pela mãe e pelo pai.
Segredei-lhe ao ouvido: Sê muito bem vinda a esta tua casa, minha querida. Esta será, querendo Deus, a primeira de muitas, muitas vezes, que aqui virás. Tal como os teus primos e a tua irmã. Contar-te-ei muitas histórias de encantar e levar-te-ei comigo pelos campos e pelos bosques, para mostrar-te as coisas bonitas que eu sei, e ensinar-te os nomes das árvores, das flores e dos pássaros!
Esta sua primeira visita alegrou sobremaneira o meu dia, quer dizer, os meus dias...pois ainda hoje sorrio feliz por essa benção concedida por Deus.
Só por viver momentos como este, valeu a pena a vida.
A Clara é a minha oitava neta.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
A chuva a cair
Imagem da net.
A chuva cai lá fora! Vem ouvir,
Uma...duas...Mais outra que desceu!
São pérolas doces caídas do céu...
Vem cá fora ouvir a benção da água a cair...
(Luisa Raposo)
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
A escolha
O prato escolhido - Bacalhau á Sintra
Fresquíssino - Pastelaria do sr.Reis em Mira-Sintra.
Um dia gélido.
O tronco a crepitar na lareira ao lado da mesa.
Um recanto acolhedor num lugar lindo em Sintra.
Sorrisos, alegria, calor humano e muita ternura e carinho.
Uma gratidão imensa no coração.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Palavras de Manuel Sobrinho Simões
Manuel Sobrinho Simões
Médico, investigador e professor universitário.
...Os portugueses, além de europeus, são culturalmente mediterrânicos, o que não nos afasta muito dos gregos, dos italianos e dos espanhóis do Sul, com todas as influências que são ditadas pela geografia, pelo clima e pela religião. Sermos judaico-cristãos é muito diferente de sermos calvinistas e protestantes. Além disso nunca corremos o risco de morrer de frio e estamos na periferia, não tivemos guerras e ninguém nos chateou. Na verdade, somos muito individualistas e estamos mais próximos dos norte-africanos do que dos povos do Norte da Europa. Somos um país mais mediterrânico do que atlântico, com todas as implicações que isso tem até na nossa produtividade.
A diferença entre nós e os nórdicos não está nos genes, é fruto da cultura e da educação, da geografia, do clima e da religião. Eles tinham frio, era-lhes difícil cultivar cereais e não tinham vinho. Para sobreviverem tiveram de estimular a inovação e a cooperação. Ao contrário de nós, que tínhamos um bom clima, uma agricultura fértil e peixe com fartura . E depois tivemos África, a seguir o Brasil e logo os emigrantes. Não precisámos de nos organizar e não precisámos de nos esforçar. Não era preciso. Não planeávamos, desenrascávamos . Continuamos assim, gostamos de resolver catástrofes.
...A entrada no Euro foi uma oportunidade muito mal aproveitada...Limitámo-nos a ser os recipientes liquidos de uma quantidade enorme de dinheiro em vez de aproveitar essses fundos para desenvolver e inovar.Não é por acaso que temos automóveis de luxo, iates e terceiras casas numa quantidade que é obscena relativamente ao nível de vida da população.
Ainda assim, defendo que, se for preciso, devemos fazer o pino para nos mantermos no euro.Prefiro ficar sob o domínio da Europa do que ficar apenas entregue aos jogos políticos portugueses. Estamos na pontinha da Europa, se isso acontecesse connosco sòzinhos e em roda livre, seria mortal.
...
Manuel Sobrinho Simões
médico, investigador e professor universitário
In - Noticias Magazine
domingo, 5 de dezembro de 2010
A consciência
O Cientista e Investigador Português António Damásio
A sua última publicação.
Da nossa última aquisição literária-"O Livro da Consciência de AntónioDamásio -
trouxe esta pequena, mas interessantíssima porção:
«Todos dispomos de livre acesso á consciência. Ela surge com tanta facilidade e abundância nas nossas mentes que não hesitamos, nem nos sentimos apreensivos, quando permitimos que seja desligada todas as noites, quando adormecemos, e deixamos que regresse demanhã, quando o despertador toca, pelo menos trezentas e sessenta e cinco vezes por ano, sem contar com as eventuais sestas.
Contudo, poucos são os constituintes do nosso ser tão espantosos, fundamentais e aparentemente misteriosos como a consciência.
Sem ela, ou seja, sem uma mente dotada de subjectividade, não poderíamos saber que existimos, e muito menos quem somos e aquilo em que pensamos.
... A criatividade não se teria desenvolvido. Não teria havido músca, nem pintura nem literatura. O amor nunca teria sido amor, apenas sexo. A amizade não passaria de uma mera vantagem cooperativa. A dor nunca se teria tornado sofrimento, o que pensando bem não teria sido mau, mas tratar-se-ia de vantagem equívoca, dado que o prazer nunca se viria a tornar em alegria.Se a subjectividade não tivesse feito a sua entrada radical, não haveria conhecimento, nem ninguém que se apercebesse disso e, consequentemente, não haveria uma história daquilo que as criaturas fizeram ao longo dos tempos, não haveria cultura de todo.»
In- O Livro da Consciência (páginas 20 e 21)
António Damásio
Circulo dos Leitores
Porque hoje é Domingo (131)
Templo da Terceira Igreja Baptista de Lisboa
Levantem os olhos para o céu
e vejam! Quem é que criou as estrelas?
Foi aquele que as põe em movimento
como se fosse um exèrcito bem ordenado.
A todas, ele chama pelo seu nome.
O seu poder é tão grande e a sua força é tal,
que nenhuma falta á chamada...
...Porventura não sabes?
Será que não ouviste dizer?
O SENHOR é um Deus eterno,
criou a terra de um extremo ao outro.
Não se cansa nem perde as forças.
A sua sabedoria é insondável!
Ele dá forças ao cansado
e enche de vigor aquele que é fraco.
Até os jovens se fatigam,
e os mais valentes também tropeçam.
Mas os que confiam no SENHOR renovam as suas forças,
lançam-se como águias,
correm sem se cansarem,
andam sempre sem se fatigarem..
(Livro do profeta Isaías cap. 40:26 - 28 a 31)
sábado, 4 de dezembro de 2010
Sinfonia
Imagem da net.
«Minha alma é uma orquestra oculta; não sei que instrumentos tangem e rangem, cordas e harpas, tímbales e tambores, dentro de mim. Só me conheço como sinfonia.»
Fernando Pessoa
Livro do desassossego
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Lenda da Aldeia Histórica de Marialva
Aldeia de Marialva - Mêda - Distrito da Guarda
Foto: Olhares - Fotografia online - Foto de Jorge Maio
Imagem da net.
Foto: Aldeia de Marialva autocaravanas.no.sapo.pt
Maria Alva
«Lenda transmitida de boca em boca o longo dos séculos e com variações. Surgiu na tentativa de explicar o nome da terra e como não podia deixar de ser tem muito a ver com histórias e lendas imaginadas na Idade Media, o Tempo dos Castelos…
Esta é uma das versões (há varias) e reza assim:
Em tempos que já lá vão viveu na Torre do Castelo uma Princesa tão linda e de pele tão branca que toda a gente lhe chamava Maria Alva.
A Princesa aparecia à sua janela, mas nunca saía nem para passear, fazer visitas ou ir á igreja. Talvez por isso a sua fama correu de terra em terra e começaram a vir de todo o lado Cavaleiros e Príncipes que esperavam que ela surgisse à janela. Em vão lhe ofereciam presentes, em vão lhe cantavam belas musicas: a Princesa nunca saía da sua Torre, nem aceitava os pedidos de casamento.
“Casarei com quem me oferecer um par de sapatos á medida do meu pé”, disse um dia…
Este desafio fez a felicidade dos sapateiros da região que viram aqui uma grande oportunidade de negócio. Um, em especial, o famoso Ramiro, divertia-se a provocar os seus clientes, lançando ainda mais a confusão, ora dizendo a uns que a Princesa devia ter uns pés enormes, ora dizendo a outros justamente o contrario. E assim o seu negocio prosperava… No entanto nenhum dos Cavaleiros acertava com a medida certa.
Ate que um dia apareceu por aquelas paragens um Príncipe cuja esperteza lhe tinha valido a alcunha de “Olhos de Falcão”. Esperto como era, resolveu pagar a um criado para que este espalhasse cinza junto á cama da Princesa. Assim, quando ela se levantasse, os seus pés ficariam marcados na cinza e facilmente se poderia tirar o molde certo.
O que o Príncipe não esperava era que em vez de pés normais, ficassem marcados na cinza, pés de burro. A Princesa tinha pés de burro!
Muito assustado o criado repetia vezes sem conta que aquilo era obra do demónio e que o Príncipe devia esquecer Maria Alva e seguir o seu caminho.
O Príncipe, no entanto, resolveu, com os moldes que tinha, mandar fazer um par de sapatos à medida da Princesa, do cabedal mais macio que houvesse
Não sem resistir, apavorado com aquela história, o sapateiro Ramiro lá fez o par de sapatos em troca de 2 sacos de moedas de ouro!
3 dias depois os sapatos estavam prontos e o Príncipe apressou-se entrega-los à sua Princesa.
No entanto e sem que nada o fizesse esperar ouviu-se um estrondo medonho, um grito agudo e fumo começou a sair da janela do quarto da Princesa.
Todos fugiram, menos o Príncipe, que, feliz da vida, observa a sua Princesa, não à janela, mas saindo descalça pela porta do Castelo.
Tinha sido quebrado o encanto que uma bruxa malvada tinha lançado a Maria Alva. Aprisionada na torre e com pés de burro, a Princesa só seria libertada do feitiço se alguém lhe oferecesse um par de sapatos à sua medida.
Olhos de Falcão e a Princesa casaram e viveram felizes para sempre…
O sapateiro Ramiro deixou de trabalhar, fez uma peregrinação a Santiago de Compostela e na volta construiu uma bela casa e diz a lenda que nunca contou a ninguém a origem da sua fortuna.»
(Região)
E a terra tomou o nome da linda Princesa Maria Alva: MARIALVA
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Maria Eduarda Maurício foi ao encontro do Senhor
Antigo Grupo Coral da Terceira Igreja Baptista de Lisboa
Ano de 1964.A irmã Maria Eduarda Mautrício é a que está
na promeira fila ao meio. Eu sou a segunda na primeira fila
do lado esquerdo, junto do Pastor António dos Santos.
Clique em cima para ampliar e ver melhor.
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Soube pelo Diário de Notícias.
A minha querida irmã Maria Eduarda Fastágio Sousa Maurício, foi chamada á presença do Senhor, tendo o seu funeral sido realizado hoje pelas 14 horas.
Tive o previlégio de a conhecer há cerca de 45 anos, quando vim para Lisboa estudar Enfermagem e frequentava a III Igreja Evangélica Baptista de Lisboa.
Ela e o seu marido, o saudoso e amado irmão Paulo Maurício, dirigiam o Grupo Coral da Igreja, no qual eu também participava. O marido tocava o orgão e ela regia o Coral.
Era uma pessoa de uma extrema alegria, cheia de vivacidade e entusiasmo.
Mais tarde, quando do meu casamento nessa Igreja, eles os dois viriam a ser padrinhos de casamento do Jorge.
Neste dia, quando celebro os meus setenta anos de vida, sinto muito a partida da irmã Eduarda, mas, sou muito grata ao Senhor por a ter conhecido e ter tão de perto convivido com ela.
Por agora, fica uma imensa saudade, um aperto no coração, mas também uma enorme e profunda gratidão a Deus por ela e por a sua produtiva vida.
Querida Irmã Eduarda Maurício, até logo, a gente encontra-se do outro lado do rio, mais dia, menos dia.
E os setenta anos chegaram
Eu.
02 de Dezembro de 1940 - 02 de Dezembro de 2010 - 70 anos
E os setenta anos chegaram...
Neste dia Senhor, olhando o caminho percorrido, elevo para ti os meus olhos e o meu espírito, reconhecendo que foi pela tua bondade e misericórdia que me trouxeste até aqui.
Eu te adoro, eu te louvo, eu te engrandeço, eu te bendigo, pelos séculos dos séculos, por toda a eternidade!
Contigo quero continuar a percorrer a minha distância, o meu caminho.
Que faria eu sem ti?
Tal como Pedro eu exclamo: "Para quem iremos nós, Senhor? SóTu tens as palavras de Vida Eterna!
Senhor: Não sei quanto tempo mais, queres que eu ande por aqui; mas seja o tempo fôr, pouco ou muito não importa, o que importa sim, é que até ao fim, Tu permaneças em mim e eu em ti.
Eu te agradeço por o dom da vida.
entreteceste-me no ventre de minha mãe.
e maravilhoso fui formado;
maravilhosas são as tuas obras,
e a minha alma o sabe muito bem.
quando no oculto fui formado,
e esmeradamente tecido como nas profundezas da terra.
e no teu livro todas estas coisas foram escritas;
as quais iam sendo diariamente formadas,
quando nem ainda uma delas havia."
Eu te agradeço por o teu cuidado terno, meigo e carinhoso.
Por todas as vezes que enxugaste as minhas lágrimas.
Por todas as vezes que acalmaste o meu inquieto e frágil coração.
Por todas as vezes que passaste a tua doce e suave mão no meu rosto, acariciando-me, em momentos de sofrimento maior.
Por todas as vezes que colocaste a tua mão sobre a minha cabeça e me abençoaste.
Por todas as vezes que deixaste deitar a minha cabeça cansada no teu peito e assim repousar.
Por as pesoas maravilhosas a quem escolheste para serem meus pais.
Por os maninhos, Esperança, João Serafim e Teresa,
Por o Jorge, meu marido e meu companheiro de jornada.
Por os filhos amados que tanto bem me querem e tanto me mimam, Pedro, Miguel João e Zé.
Por as noras que são mais filhas que noras, Anabela, Teresa, Regina e Joana.
Por os netos queridos do meu coração, que tanto gostam da avó viviana, Gil, Sara, Inês, Beatriz, Carolina, Nuno, Margarida e a pequenina Clara.
Por os sobrinhos lindos e doces, Susana, Miguel, Ricardo, Raquel, Zé Pedro, Rita, João, Pedro Miguel, Sandra, Mário Joel, Elizabete, Célia, Jorge, Sérgio Paulo, Cristina, Carlos Jorge e Alexandre.
Por os sobrinhos netos, Sofia, Maria, Alexandre e Damião.
Por os inúmeros e preciosos amigos que tanto me têm feito sorrir, alegrado e enriquecido a minha vida.
Por a minha infância alegre e despreocupada.
Por o pão de cada dia que nunca faltou.
Por a saúde para trabalhar e ser útil.
Por os figos que comia deliciada em criança.
Por as rosadas cerejas, por as suculentas maçãs e por os doces diospiros de roer.
Pelo céu azul sem fim, por as miríades de estrelas que fazem do céu um luzeiro, por os acariciadores raios de sol, por as belas árvores e arbustos, por os rios e ribeiros, por o mar e as grandes ondas que saltam em espuma, por todas as aves que com a sua música acalentam o nosso coração, por a chuva benfazeja e pela neve alva e branca que cobre os montes.
Por a alegria de viver.
Por as minhas gargalhadas.
Por a sabedoria vinda de ti para fazer as minhas escolhas.
Por as decisões que tomei, sob a tua orientação e conselho.
Por as forças para enfrentar as lutas e os momentos difíceis da vida.
Por esta paz que inunda o meu ser e a minha vida.
Por este amor vindo directamente de ti , enchendo o meu coração e chegando para distribuir por todos á minha volta.
Por esta fé que me firma em ti e nas tuas promessas.
Por a esperança que me faz avançar e tudo enfrentar.
Por a vida eterna que me espera junto do Pai e de ti meu Senhor.
Por os meus setenta anos, MUITO OBRIGADA SENHOR.