sábado, 12 de junho de 2010

Morreu o Poeta António Manuel Couto Viana


O poeta e escritor António Manuel Couto Viana.

O poeta e escritor António Manuel Couto Viana, faleceu no passado dia oito de Junho no Hospital de Santa Maria em Lisboa.
O escritor que residia há cerca de dez anos na Casa do Artista, em Lisboa, foi internado naquele hospital nos últimos dias, devido a problemas num pé, que se agravaram, vindo a falecer, afirmou fonte da família.
Nasceu em 1923 em Viana do Castelo.
Foi poeta, contista, dramaturgo, ensaista, memoralista, e autor de livros para crianças, contando a sua obra com mais de uma centena de títulos, muitos dos quais premiados.
A sua estreia literária deu-se em 1948 com o livro de poemas O Avestruz Lírico,
mas já escrevia desde 1943, pelo menos em jornais locais de Viana, Braga, Valença e Lisboa.
Dirigiu com David Mourão Ferreira e Luis de Macedo as folhas de Poesia Távola Redonda, e em 1956/57, a revista de cultura Graal. Para além disso fez ainda parte do conselho de redacção da revista Tempo Presente, entre 1959 e 1961.
Interessou-se pelo teatro desde cedo, tendo colaborado como actor, cenógrafo,
encenador e empresário em várias companhias. Fez parte da Direcção do Teatro de Ensaio, na Companhia Nacional de Teatro, foi director do Teatro do Gerifalto e encenou óperas para o Círculo Portuense de Ópera e Companhia Portuguesa de Ópera.
A sua obra está traduzida em francês, inglês, castelhano, chinês, alemão e russo.
Recebeu condecorações de Portugal e de Espanha.
(In - Livros & Leituras)

Aqui presto a minha sincera homenagem ao poeta e escritor, aproveitando para publicar um poema seu.

O Farol da Guia

Pedi ao Farol da Guia,
Pra que a nau não naufragasse
Na noite que fôr o dia,
Que fosse luz e a guiasse.

E pedi mais:
Que baloiçasse no ar
Os sinais
Do tufão que vai chegar,
Pra que ao abrigo do cais
A nau achasse lugar.

E o primeiro farol
De aviso à navegação
No mundo onde nasce o Sol,
Não me disse sim nem não.

Mas a âncora ancorada,
Como fanal de bonança,
Entre os muros da esplanada,
Disse, sem me dizer nada:
- Tem esperança!

António Manuel Couto Viana

(1923 - 2010)

8 comentários:

Fernanda Rocha Mesquita disse...

Nao sabia que tinha falecido. Bonita homenagem. Junto -me a ela.

Unknown disse...

Lindíssima homenagem a um grande homem e poeta.

Beijo e bom fds.

...EU VOU GRITAR PRA TODO MUNDO OUVIR... disse...

Bel homenagem!!!

Os poetas e artistas partem e suas obras permanecem para nosso deleite!!

Um beijo e agradeço seu carinho de sempre pelos meus humildes escritos!

Um beijo ,com muito frio,brbrrr!!!

Sonia Regina.

Viviana disse...

Olá Fernanda

Quando os poetas partem sinto uma imensa tristeza.O
o que vale é o que diz a minha querida amiga Sónia Regina:

"Os poetas e artistas partem e suas obras permanecem para nosso deleite!!"

Um abraço

viviana

Viviana disse...

Olá amigo Manuel

Fiz esta homenagem com o coração.

É o mínimo que eu poderia fazer...

Não conheço muito bem a obra deste Homem, mas ficou em mim um desejo enorme de me apropriar dela.

Um beijo, e um bom fim de semana

viviana

Viviana disse...

Querida Sónia

Minha linda e boa amiga

Diz bem...

"Os poetas e artistas partem e suas obras permanecem para nosso deleite!!"

Ainda bem que podemos fácilmente ter acesso a elas.

Quanto aos seus "escritos"...
é sempre um prazer imenso lê-los e reflectir sobre eles.

Que bom que "nos encontrámos"!

Já sabia pela Ana linda, de "pelos caminhos da vida", que está por aí muito frio.

É raro, frio no Basil, não é?

Lembra-me que há uns meses atrás, uma amiga se queixava dos 42 graus...aí.

Um abraço e um bom fim de semana

viviana

Pelos caminhos da vida. disse...

Uma bela homenagem amiga.

Bom domingo.

beijooo.

Viviana disse...

Olá Ana linda

Quando homens como este, partem...eu fico sempre triste

Um beijo

viviana.