quinta-feira, 7 de agosto de 2014

A propósito de neurónios

Fonte da imagem:http://www.slideshare.net/presidentecastelobranco/neoronios
 Ultimamente, aqui em casa, geralmente à mesa com os netos...a palavra "neurónio, "tem vindo à baila" com uma certa  frequência.
É que, eu, "trilhando"   os setenta e quatro... como diria a minha mãe, começo a notar, com alguma estupefacção, que tal como aprendi  no meu curso de enfermagem,  com o correr do tempo tudo vai envelhecendo em nós, tanto a nível do que se vê, como também a nível interno, com as "peças" do corpo que estão escondidas do humano olhar. E aí, claro, os neurónios não escapam, e passam a acontecer "surpresas".
Daqui, eu ter pegado no célebre e importante livro do nosso grande e mundialmente conhecido, António Damásio - O LIVRO DA CONSCIÊNCIA - A Construção do Cérebro Inteligente -  e ler na página 61:

«...Durante grande parte da nossa vida, a substituição das células é feita de um modo tão perfeito que  que até  a nossa aparência se mantém a mesma. Todavia  quando observamos os efeitos do envelhecimento na aparência do nosso organismo, ou no funcionamento dos nossos sistemas internos, apercebemo-nos de que as substituições se vão tornando gradualmente menos perfeitas.

...O número de neurónios em cada cérebro humano é da ordem dos milhares de milhões, e os contactos sinápticos que os neurónios estabelecem entre si chegam aos triliões.

 ...É necessário estabelecer mais uma distinção entre os neurónios e as outras células do corpo. Tanto quanto sabemos, os neurónios não se reproduzem, ou, seja, não se dividem. Também não se regeneram, pelo menos de modo significativo. Praticamente todas as restantes células corporais o fazem, embora haja excepções, como sejam as células  do cristalino dos nossos olhos  e as  fibras  musculares como as do nosso coração»...»

 Pois, não se dividem...não se regeneram, envelhecem...e, tanto quanto li neste mesmo livro há um tempo atrás, e publiquei neste espaço - com o envelhecimento,  os neurónios têm tendência a desligarem se. entre si...isto é, deixam de fazer certas  conexões,  que faziam antes com toda a facilidade,  e então, as "coisas surpresa" acontecem.

Gradualmente, vou tentando explicar estas coisas aos netos -alguns crianças - outros adolescentes e outros jovens, com o sentido do dever e a esperança, de  que eles saibam, entendam, e aprendam,  a relacionar-se com as pessoas idosas, quer familiares quer com todas as outras, de modo a compreender as suas limitações  e  estarem disponíveis para as amar e ajudar, tal como  o grande mestre e Senhor Jesus Cristo nos ensinou.

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