Em Portugal Continental, há 470 árvores e 82 conjuntos de árvores classificados como de interesse público, apurou Raquel Lopes, bióloga da Unidade de Aveiro. A  investigadora está a fazer um levantamento da informação e divulgação deste património e quer dá-lo a conhecer ao público em geral.

Em causa estão árvores e conjuntos de arvoredo que são considerados monumentos vivos, o que pode acontecer por diversas razões. Pela idade centenária ou mesmo milenar, por exemplo, ou também pelo tamanho gigantesco ou pela forma que adquiriram, fora do comum.

O objectivo da bióloga da Universidade de Aveiro, que está a realizar este trabalho no âmbito de um doutoramento, é construir uma base de dados com o levantamento da informação que tem vindo a recolher e divulgar a história destas árvores monumentais.

“Não nos podemos esquecer que as árvores monumentais são testemunhas vivas de acontecimentos histórico-culturais, constituem uma memória de hábitos, costumes, lendas e tradições, valorizam a paisagem e o património edificado e representam um elemento diferenciador e identitário de todo um povo e de uma região que importa preservar”, sublinha.

Um desses exemplos é a oliveira mais antiga em território português, localizada em Santa Iria de Azoia (concelho de Loures), que conta actualmente com 2.850 anos. Já em Coimbra, encontra-se a árvore mais alta da Europa: um eucalipto da Mata Nacional de Vale de Canas, com 72  metros de altura.
E no Norte, em Vila Pouca de Aguiar, está classificado um carvalho com 500 anos.