quarta-feira, 26 de julho de 2017

AS DUAS FLORES (SEIS) Um poema de Castro Alves

São seis rosas  nascidas, no meu pátio.
AS DUAS FLORES (Seis, neste caso)

São duas flores unidas
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo,no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.

Unidas, bem como as penas
das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.

Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.

Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!
 
  (Castro Alves - poeta brasileiro)

4 comentários:

Manuela Pacheco disse...

Lindo,lindo e lindo!!!Gosto imenso de versos que rimam e nos toca cá dentro na alma.
Estou a gostar muito!
Abraço.

Rosa disse...

Olá Viviana.

De regresso ( SNPL) Semana Nacional da Pastoral Litúrgica


Gostei do poema, as (rosas) flores dão sempre bom motivo para poemas.

"juntar as rosas da vida" devia ser deveras engraçado,juntar todas as Rosas que conhecemos :))


Viviana, que tudo esteja bem convosco.

Tenham uma feliz tarde.


Abraços.

Viviana disse...

Querida Manuela

Que bom que gostou!

Também aprecio este estilo de poesia...

O meu abraço, boa amiga
Viviana

Viviana disse...

Querida Rosa:

Ai as rosas...
Quanto mais vivo mais as admiro.
Encantam-me.

Quanto a juntar as Rosas que conhecemos, olhe que era uma grande ideia.

Lembro-me em criança e haver uma coisa assim com os Josés.

Um abraço e um lindo fim de semana
Viviana