terça-feira, 28 de julho de 2009

Agindo com Amor


Imagem da net

Vivemos num tempo em que, mais do que nunca, as regras de higiene e boa apresentação pessoal, são extremamente rígidas e exigentes.
Creio que nunca como hoje, as pessoas tomaram tantos banhos. lavaram tantas vezes a cabeça e mudaram tanta vez de roupa.

Recordo-me a propósito, que há alguns anos atrás, estando eu ainda na vida activa, participei num Seminário sobre Saúde Infantil, orientado por várias personalidades da Europa e da América do Sul, tendo a certa altura sido dito, que muitas doenças que as crianças hoje enfrentam, tem a ver com a falta de imunidade, ou seja, de anticorpos, por excesso de higine e da esterilização prolongada de biberãos e chupetas, o que faz com que a criança ao não contactar com os micróbios que normalmente existem á sua volta, não possa desenvolver os tão necessários anticorpos que a protegeriam das doenças.

Mas neste nosso mundo, tão preocupado com a higiene, existe tambem o reverso da medalha.
Há pessoas que por circunstâncias várias na sua vida, escapam a este padrão, apresentando-se com um aspecto desagradável e repulsivo, que leva os outros a afastarem-se e geralmente a fazerem comentários desagradáveis.

Eu sei que é difícil para qualquer um de nós lidarmos com esta situação.
E sei tambem que há nesta área pessoas mais sensíveis do que outras.
Lembro-me que quando era uma jovem enfermeira, eu suportava com a maior facilidade todos os cheiros e situações próprias de uma sala de operações ou de uma enfermaria. Nada me incomodava.
Veriquei depois, que com o correr dos anos, fui ficando mais sensível e com algumas dificuldades neste aspecto.

Mas o que é certo é que todos nós, numa ocasião ou noutra, haveremos de nos confrontar numa ou noutra circunstância com estas situações.

A minha questão é, como iremos nós lidar com estas pessoas, e como vamos nós agir, de modo a procedermos conforme a prática de Jesus, mostrando amor, respeito e compaixão pelo nosso semelhante?

Creio que há três formas de agir:

Primeira - Eu preciso de olhar a pessoa em questão, como alguem criado por Deus e a quem Deus muito ama.

Segunda - Eu tenho de pensar e sentir, que se na minha vida tivessem ocorrido as mesmas circunstâncias, podia muito bem ser eu que estivesse no lugar daquela pessoa, e ainda, que eu, não sabendo o dia de amanhã, não esteja livre de que o mesmo me aconteça.

Terceira - Eu devo procurar agir da mesma forma como Jesus agiria, se Ele se encontrasse com aquela pessoa.

12 comentários:

Jacira mavignier disse...

Oi, Viviana!

Mateus 25- 35 a 40 diz:

35: Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; 36,37,38,39.

40: O Rei, respondendo, lhes dirá:
Em verdade vos afirmo que, sempre que fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.

Aqui, Mateus nos mostra as palavras de Jesus. Ele se coloca no lugar destas pessoas.

Nunca me esqueço, que ao assistir um documentário sobre Madre Tereza
de Calcutá, o documentarista inglês, pergunta a ela, como conseguia estar no meio dos leprosos e colocar as mãos em suas feridas, ao que ela respondeu:
Psiu! Eles são Jesus disfarçado.

Beijos

Maria disse...

Olá Viviana, de acordo na generalidade e com muita cautela na especialidade... eu lido mal com a falta de higiéne (propositada) e não acho que pobreza tenha a ver com..., porém, lido bem com o amor!
Interessante o comentário da Jaciara, dava um belo debate.

Parabéns pela nova fotografia, está muito bem.
Também gostei da mensagem de ontem, até porque não tive oportunidade de ver na televisão.

Beijos e shalom!
Mimi

Sandra Veneziani disse...

Oi, mocinha...tem selo especial de seguidor te esperando. bjus

Viviana disse...

Querida Jacira

È verdade, boa amiga.

Temos que ter sempre presentes as maravilhoas palavras do nosso Senhor e Mestre, jesus Cristo.

Ele quer mesmo que amemos o nosso próximo como a nós mesmos.

Esse é verdaeiro amor.

Sabe amiga, fiquei muito impressionada com essa frase da Madre Teresa...

Eu não a conhecia.

Mas essa é mesmo uma resposta á maneira dela!

Que a possamos imitar.

Um beijo

viviana

Viviana disse...

Querida comadre Mimi

Olá!

Compreendo a sua posição.

Estava-me a referir áqueles que já não têm sequer noção do esu estado pouco higiénico.

Que já não são mesmo capazes de se cuidar...

Estava a pensar numa pessoa específicamente, grande amigo meu, que foi um senhor...e agora, bom agora, todos fogem dele porque cheira mal.

Ajudou tanta gente!

E agora não tem quem o ajude.

Tenho estado a falar-lhe do amor de Deus, e creio que Deus já habita pela fé no seu coração.

Continuo intercedendo para que Deus traga de volta a sua auto-estima e complete a sua obra na sua vida.

Beijos, boa amiga para todos nessa linda família

viviana

Viviana disse...

Querida Sandrinha

Muito obrigada, amiga linda por tanta amabilidade e carinho.

Bem haja

um beijo

viviana

bete p.silva disse...

Viviana, estou voltando de forma precária, e talvez nao consiga comentar todos os seus post, mas esse aqui muito me impressionou.

Andando pelo centro de São Paulo, nos deparamos com pessoas que exalam um cheiro acre, inacreditável de ruim. A maioria são negros, então seus cabelos é uma massa disforme que já não tem solução.

Os pés desses coitados, já virou um casco, negro, já perdeu a cor.

Eu procurava jamais mudar o passo para evitar passar perto deles, como muitos fazem, mas não vou dizer para você que é fácil, porque não e, principalmente porque ficamos com medo de pegar os piolhos.

Dá uma vontde incrível de pegar uma pessoa dessas, mergulhar por horas numa banheira quentinha, cortar-lhe os cabelos, as unhas, cuidar dela, dá uma tristeza muito grande na gente.

A Igreja Metodista mantem um abrigo, debaixo de um desses viadutos.

Viviana disse...

Querida Bete

Acho que nem consigo imaginar quantos e quão graves serão os casos em S. Paulo.

Mas é como a Bete diz:

"Dá uma vontade incrível de pegar uma pessoa dessas, mergulhar por horas numa banheira quentinha, cortar-lhe os cabelos, as unhas, cuidar dela, dá uma tristeza muito grande na gente."

Não deveria ser assim.

Mes este é nosso mundo.

Que bom que há alguns que se preocupam com eles.

Um abraço, amiga linda

Viviana

esperança disse...

Olá! Minha querida maninha, boa noite.

Vivianinha, és um livro aberto; como sempre acertas em cheio, num problema actual, Gostei de veras, deste teu poste. Esta situação tem-me incomodado, pois a ideia das dietas constantes...e a ideia que tudo faz mal...é doentia!!! Chega a trazer desentendimento no seio das famílias. Eu sou das que pensa que se deve comer de tudo com gosto; e moderação especialmente nas carnes; se comemos a pensar que vai fazer mal, ai vai com certeza! E pensar que há tantas pessoas que até gostariam de comer o que deitamos fora. Isto é verdade.
Há todo este exagero na higiene diária, porque temos todas as comodidades...e mais algumas... Há menos de 100 anos não havia agua nas casas, nem electricidade, nem gás. Tinha que se aquecer a agua para as lavagens. Agora temos é demais

Devemos tratar quem precisa, pensando que também nós podemos ficar na mesma situação, ou pior, e bom será, se houver uma alma caridosa que nos trate. Como tu já tens feito, já trataste escaras como meias meloas; que me perdoem se incomodo alguém, mas é verdade.

Beijinhos

Esp.

Viviana disse...

Minha linda maninha Esperança

Eu sei o quanto tu és sensível a estes problemas.

Aliás, os da casa dos nossos pais, todos o são.

Aprendemos com eles e com a Palavra de Deus que eles nos ensinaram.

Oxalá nunca percamos de vista o bem que devemos procurar fazer áqueles que precisam..

Um beijinho

viviana

Jacira mavignier disse...

Oi, Viviana!

Se que aqui estamos falando neste assunto, vou contar um pouquitinho de algumas coisas que
aconteceram em minha vida.

Ao longo de 14 anos, cuidei em minha casa, de cinquenta crianças aproximadamente. Peguei piolhos diversas vezes, sarna , nem sei quantas... mas o amor que Deus plantou em meu coração por elas, foi maior que tudo isso. Muitas foram adotadas por casais estrangeiros, outras por casais brasileiros e outras, levei até o altar. Hoje, já sou avó de 6 lindas crianças. Tenho 2 filhos biológicos.
Trabalhei com crianças de rua, com moradores de rua,(adultos).
Fui coordenadora de um projeto de alfabetização que incluiu até o supletivo colegial,(antes de ir à faculdade).

Esses cheiros e descuidos, essa pele suja e enrugada, não me fazem medo há muito!!

Dentro de seus corações há muita tristeza, mas há também muita vontade de viver!! Eles precisam tão somente de amor.

Beijos

gaivota disse...

que mundo temos nós pela frente e que enfrentar...
como agir perante tantas destas situações???
que Deus nos acompanhe nos guie nos melhores caminhos
beijinhos