Impressionou-me vivamente, o depoimento da responsável pela "Ajuda de Berço", Ana Anastácio, convidada do jornalista Mário Crespo no Jornal das Nove, da SIC Notícias, há dois dias atrás.
Trata-se de uma Instituição de Solidariedade Social, que recebe e cuida bébés abandonados, bébés que ninguém quer. Proporcionam a estas crianças um colo e muito carinho, para além de satisfazerem todas as outras necessidades.
É um trabalho admirável que teve inicio em 1998 quando um grupo de amigas conhecendo o gravíssimo drama destas crianças, lançou mãos á obra e sem desanimar ou recuar perante as dificuldades surgidas, tem dado o melhor de si em prol destes pequeninos.
Acontece, e daí a publicação deste post, que neste momento, dada a diminuição de ajudas por parte de Empresas e pessoas singulares, motivada pele actual crise que o país atravessa, estão a enfrentar uma grave crise económica, não sabendo como resolver o problema. Precisam urgentemente de cem mil euros para fazer face ás despezas até ao fim do ano.
A Presidente lançou um apelo urgente no sentido, de que cada um possa fazer qualquer coisa, o que estiver ao seu alcance, para que estes bébés possam continuar a ter este apoio tão importante.
Lembro aqui, o que o Evangelho do Mestre supremo do AMOR, o Senhor Jesus Cristo, diz a este respeito:
"Mais bem - aventurada coisa é dar do que receber".
"Deêm e ser-vos - á dado. Uma boa medida, calcada, batida e transbordante vos será colocada no regaço. Pois a medida que usarem para os outros será usada também para convosco." (Ev. de S. Lucas 6:38)
Transcrevo aqui uma entrevista que Ana Anastácio deu á Agencia Ecclésia
«A Associação “Ajuda de Berço” está a viver dias difíceis, confrontando-se com dificuldades financeiras que põem em causa os seus projectos e o futuro das muitas crianças que dela dependem.
O mês de Novembro “marca o fim das nossas reservas financeiras” lamenta a presidente Ana Anastácio.
A “Ajuda de Berço” tem como principal missão servir, integrar e acompanhar estas crianças, na sua grande maioria ainda bebés, que lhe são entregues por uma comissão de protecção de menores ou por um tribunal da especialidade.
A ideia é que essas crianças possam voltar para a sua própria família, logo que esta tenha condições, ou sejam encaminhadas para famílias adoptivas.
Sendo uma instituição sem fins lucrativos, a sua sobrevivência tem vindo a ser assegurada, ao longo dos anos, através das verbas vindas da Segurança Social e, principalmente, com os donativos de pessoas singulares e das empresas.
“O problema”, explica Ana Anastácio, “é que as contribuições vindas de particulares, que asseguram grande parte da nossa subsistência, têm vindo a descer drasticamente”.
Caso esta situação não se altere, a associação poderá ter que fechar uma das suas casas de acolhimento, medida que iria afectar antes de mais 20 crianças, mas também 30 funcionários que aí trabalham.
A falta de adesão das pessoas a esta causa não está relacionada com um “voltar de costas à solidariedade”, defende a presidente da “Ajuda de Berço”.
“Os portugueses não deixaram de ser generosos nem solidários com as causas, deixaram foi de ter meios para dar o tipo de apoios que costumavam dar”, acrescenta a mesma responsável, que deixa a certeza de que “não irá desistir”.
Para além da ajuda financeira, aquela IPSS tem neste momento sobretudo falta de géneros alimentares, medicamentos e produtos de higiene.
São várias as campanhas postas à disposição das pessoas, de forma a poderem ajudar, como por exemplo o “Plano Crescer”, destinado a entidades empresariais, ou o “Plano Vaquinha”, mais direccionado para a população em geral.
Outra iniciativa, mais recente, prende-se com a criação de um número de apoio para o qual as pessoas podem ligar, o 760 300 410, contribuindo com 60 cêntimos por chamada.
“Um milhão de pessoas a ligar para esse número faria certamente a diferença”, exemplifica a presidente, já que um milhão de euros é precisamente o montante que compõe o orçamento anual da “Ajuda de Berço”.
Quem quiser pode também tornar-se sócio da instituição, bastando para isso seguir as indicações prestadas em www.ajudadeberco.pt.
Com as contribuições solidárias em baixa, Ana Anastácio sublinha que a outra alternativa da IPSS, para evitar o fecho de alguma porta, passa por “renegociar as verbas que têm sido atribuídas pela Segurança Social, partindo da avaliação do trabalho que tem sido feito”.
A presidente revela que “já começou a realizar diligências nesse sentido” e espera que haja mais abertura do Governo.
A crise financeira afasta ainda aquele que era o grande sonho da “Ajuda de Berço” – a construção de um terceiro centro de acolhimento, que visava sobretudo dar resposta aos inúmeros pedidos que chegam à associação, todas as semanas, para integração de crianças desfavorecidas."
(Agência Ecclésia)
2 comentários:
Infelizmente no século vinte um ,com rios de dinheiro esbanjado em futilidades, crianças correm o risco da miséria.
Beijo.
Como isso é triste, não?
O resultado não poderá ser bom..
Um bom Domingo para si, amigo
beijo
viviana
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