sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Atenção filhos! As mães "suplicam" um abraço


Abraço de mãe e filho.
Fonte da imagem: http://br.freepik.com/fotos-

Descobri recentemente que faltam abraços dos filhos para as mães. Eu ainda não me tinha apercebido que há mães que esperam, esperam, esperam uma vida inteira, por um abraço expontâneo e terno de um filho. Porém, os filhos não vêm, ou se vêm fazem de conta que não viram. No entanto, eles abraçam toda a gente: Os colegas da escola, os colegas de trabalho, os colegas do desporto, os amigos, as namoradas e os namorados e tanta gente mais.

Porque escrevo sobre isto?

É que num curto espaço de tempo, cerca de dois meses, duas amigas minhas, desabafaram sobre isto, comigo. A primeira, uma jovem mãe de cerca de quarenta anos, que está a ciar dois filhos adolescentes, sózinha, dizia-me: "O meu filho (16 anos) até há pouco tempo atrás, gostava de se aninhar no meu colo, de encostar a cabeça no meu ombro, e abraçava-me com muita ternura. Agora não. Se quero um abraço dele tenho que lho pedir: "Filho, dá-me um abraço, como aqueles que me davas antes". Ele responde: "Oh! mãe"! E dá um abracinho pequeno, distante, quase em tocar a mãe. Ela fica triste e pensativa. Um dia destes estava sentada com ele no sofá e arriscou: "Filho, abraça-me com muita força. Eu preciso tanto de um abraço teu!" E ele abraçou-a com muita força e muito carinho e naquele momento o gelo foi quebrado, e no dia seguinte ela com os olhos brilhantes e um enorme sorriso, contou-me como foi bom aquele abraço.
Eu, alegrei-me com ela e sorri feliz, porque finalmente, a minha amiga conseguiu o que tanto queria e que tão importante é para ela. Dei-lhe os parabéns pela forma sábia e terna como ela conseguiu os abraços do filho.

Um segundo caso aconteceu ontem á noite.Falando ao telefone com uma grande amiga, viúva há cerca de dois anos, de 86 anos, e que vive com um filho, divorciado, de 64 anos. Enquanto faláva-mos o filho estava na mesma sala que a minha amiga e assistiu ao telefonema.Conversámos sobre aspectos da sua vida e da sua saúde e ás tantas ela contou: "Ontem, disse para o meu filho: Ó filho abraça-me! Dá-me um abraço muito apertado; eu preciso de um abraço teu". E o filho de 64 anos, abraçou longamente e fortemente a mãe de 86 anos, e disse-lhe: "Aí tens o meu abraço." e a mãe ficou muito feliz.

Por tudo isto que atrás fica, concluí que tenho mais uma sugestão a dar aos meus amigos: crianças, adolescentes, jovens, homens e mulheres, mais novos ou mais velhos: Por favor, abracem , abracem muito as vossas mães, não fiquem á espera que elas tenham que suplicar por um abraço, por um afecto ou por uma demonstração de ternura e carinho. Vamos! Não custa nada! E vale tanto!
Amanhã...poderá ser tarde demais...por favor comecem hoje, sem falta.

3 comentários:

manuela pacheco disse...

Ola D. Viviana,
Como eu me identifico com este assunto, pois os meus filhos nem me
visitam e nem telefonam. Tenho uma que morando em Lisboa já vai na quarta casa e eu só conheci uma por acaso. Isto é muito triste!
Um abraço.
Manuela

esperança disse...

Bom dia meu tesouro, descansaste? A noite foi razoável?

Como sempre, mais uma vez acertaste no alvo, é tal-e-qual como muito bem descreves…
Quanto mais idade, mais carência de carinho, ou uma palavra apenas dos nossos queridos. Eu tenho quanto baste, mas nunca é tanto como desejo, e os meus três amores estão tão longe!!! Na Suíça que lhes dá o pão a ganhar.
Nós vamos fazendo o mesmo uns com os outros, queremo-nos muito bem…Todos os dias rogamos ao Senhor uns pelos outros, mas quanto a vermo-nos, e a acariciarmo-nos, tão raramente!!! E que pena!!! Não aproveitar o tempo que o Senhor nos vai dando e fazer os possíveis para estar uns com os outros, mas a vida é mesmo assim, e o mafarrico também mete a sua patinha para nos impedir desse tão grande prazer, eu já senti muitas vezes isso na pele em vários aspectos da minha vida, mas de mim não se fica ele a rir, porque eu não deixo.
Eu vou começar a dar abraços bem apertados sempre que se proporcionar.

Tem, tenhamos todos um bom dia

Unknown disse...

"E tu, sozinho e pensativo na tua dor,procurarás a tua mãe, e nestes braços esconderás o teu rosto; no seio que nunca muda terás repouso."

Giuseppe Giusti .

Bom fim de semana.

Abraço.