segunda-feira, 24 de maio de 2010

Um encontro inesperado e muito interessante.


Senhora Arquitecta dona Isabel Thomaz e senhor Major António Thomaz.


Veja-se o objecto metálico que substitui a gravata.
Alguém sabe o nome?

Manhã de sábado passado.
Levantámos cedinho, e conforme o combinada na véspera, saímos de casa cerca das oito horas da manhã a caminho da praia do Magoito, actualmente a nossa predilecta da zona de Sintra, para dar inicio á nossa época balnear deste ano.
Previa-se um dia de muito calor, e daí, ir cedo para voltar cedo.
Tínhamos planos para tomar o pequeno almoço num barzinho junto ao mar, onde habitualmente ía-mos no ano passado, porém como ainda não começou a época balnear, o bar estava encerrado. O Zé teve então a ideia brilhante de ir-mos a uma conhecida pastelaria em Fontanelas, aldeia não muito distante do Magoito.
Parecia mesmo que as coisas não estavam muito a nosso favor, pois lá, estava uma informação que dizia: "Encerrado para férias".
Bom, como a fome apertava e havia um café mesmo ali ao lado, toca de entrar nesse mesmo para saborearmos o nosso tão desejado pequeno almoço.
Enquanto o Jorge e o Zé faziam os pedidos ao balcão, eu e o Gil fomos sentar-nos num lugarzinho agradável junto a uma janela.
Mal me sentei, reparei num casal com um aspecto distinto, que ali ao lado tomavam também o pequeno almoço.Chamou-me a atenção o facto de o senhor usar, em substituição da gravata, um objecto metálico com uma espécie de medalha onde havia dois cordões pendentes sobre o peito.
Imediatamente me lembrei de uma época muito lá para trás, onde os homens usavam aquele objecto que afinal era o mesmo que usavam alguns actores de filmes de cowboys americanos. Chamei a atenção do Gil para o facto.
Em menos de nada, levantei-me e dirigi-me delicadamente ao casal em questão e demonstrei a minha curiosidade por o tal objecto.
Os senhores foram de uma extrema amabilidade respondendo simpáticamente ás minhas perguntas.
A senhora informou-me que fora ela que o fizera, há muitos, muitos anos atrás, quando as senhoras usavam um tipo de blusas de golinha subida onde era colocado o tal objecto. Era moda nesse tempo.Agora, como ela já não usa essas blusas e tinha aquele, e outros objectos guardados e em bom estado, sugerira ao marido usar em vez da gravata.
Perguntei se me permitia fotografar, ao que ambos responderam afirmativamente.
Chamei então o Gil, porque a minha máquina digital tinha ficado no carro, apresentei-o ao casal e o Gil com toda a sua educação e simpatia tirou duas fotos.
Informei - os sobre o meu blogue e perguntei se poderia publicar as fotos para os meus amigos poderem ver o tal objecto de metal (não sabem o nome) e eles disseram logo que sim..
Seguidamente, teve lugar uma longa e interessante conversa que para mim foi fascinante.Conhecer aquele simpático casal e saber das suas lindas historias de vida, ela como Arquitecta de interiores e ele como Major na carreira militar, ambos aposentados, com as lindas idades de: Ela, com oitenta(fará em Outubro) e ele com cerca de noventa. Foi uma surpresa, pois como podem verificar pelas fotos, ambos parecem muito mais novos.
Impressinou-me o facto de a senhora ter trabalhado muito tempo como voluntária no apoio a doentes, primeiro no Hospital de Santa Maria em Lisboa e depois no Hospital de Abrantes, circunstância que a levaria a concluir que foi uma fase de uma enorme e interessantíssima aprendizagem, através do seu contacto directo com os camponeses daquela zona do nosso país.
Foi ainda locutora de rádio em Lisboa, com o nome de Isabel Freixo. Será que algum leitor recorda este nome?
É claro que a minha "meia de máquina"arrefecia em cima da mesa á minha espera...porém foi um encontro encantador e inesperado, este que tive num café de Fontanelas.
E sabem? Já hoje conversámos duas vezes ao telefone!
E creio que mais vezes o faremos, se Deus quiser.
É caso para dizer: Ainda bem que os outros dois cafés estavam encerrados!

8 comentários:

neli araujo disse...

Vivi querida,

Adorei o post e as fotos!

Só para matar a curiosidade, o nome é "Gravata Cowboy".

Digite este termo no google e verás várias imagens delas.

beijinhos e boa noite, linda!

Neli

Anita disse...

A lua às vezes tem o formato de uma vírgula para mostrar que nem no infinito a amizade e o carinho tem um ponto final.
Que a nossa amizade (mesmo que virtual) e o carinho seja sempre uma vírgula!

A si Viviana o meu eterno carinho!!!

Mas que história tão interessante. Acho uma delicia esses seus encontros Viviana e o contacto com as pessoas em geral... é mesmo um dom!

Um dia cheio de bençãos e vitórias.
Beijinhos.
Fique bem. Fique com Deus.
Anita (amor fraternal)

renato disse...

Olá Viviana!

São crónicas da vida real que nos apresenta e que tem um certo fascinio que nos encanta e nos "agarra" a ler do principio ao fim com muita alegria!

E este casal está muito bem "conservado" para a idade que têm e muito "vivos"!

Um abraço

Renato

Unknown disse...

O amor e a amizade são simplesmente maravilhosos.

Abraço.

Viviana disse...

Querida Néli

Obrigada amiga pela informação.

E pelo apreço.

Um abraço

viviana

Viviana disse...

"A si Anita, o meu eterno carinho."

Obrigada pelo incentivo.

Um beijo

viviana

Viviana disse...

Olá Renato, meu bom amigo

As suas gentís e amáveis palavras são um incentivo para mim.

Agradeço-lhe de coração.
Um grande abraço

viviana

Viviana disse...

Olá Manuel

De acordo.

São das mais belas coisas da vida.

Um abraço

viviana