terça-feira, 25 de março de 2008

O hábito de mandar calar os outros


Impressiona-me bastante a facilidade e a frequência, com que tantas pessoas mandam calar as outras. Até parece que é a coisa mais natural deste mundo.
Considero o direito á palavra, como básico e fundamental, no que concerne ao respeito de uns para com os outros, pois a cada pessoa deverá ser dada oportunidade de, livre e espontaneamente, expor as suas ideias, os seus pensamentos e os seus pontos de vista, sem que ninguém a ouse interromper enquanto não tiver terminado o que tem para dizer.
Foi assim que eu e os meus três irmãos fomos ensinados pelos nossos pais desde bem pequeninos; e que eu me lembre – haja quem isto confirme, não o receio – até hoje, eu creio que nunca mandei calar ninguém. Acho que não o conseguiria fazer.
Ao longo dos anos tentei passar a mensagem aos filhos e, mais tarde também aos netos.
Dos sete netos que tenho, há dois que são irmãos – um rapaz de 14 anos e uma menina de 9 – com os quais contacto bastante, pois vivem no andar de cima, e que de vez em quando “brigam”… como é natural entre irmãos, e a menina “volta que não volta,” está a mandar calar o irmão. Não imaginam o quanto isso me perturba!
Há uns dias atrás, eu e ela falámos sobre o assunto; creio que ela entendeu como é importante e necessário que pela vida fora, a começar já, respeite todas as pessoas nunca mandando calar ninguém.

6 comentários:

Vilma disse...

Tenho de mandar um mail ao Rei D. Juan Carlos para vir ler este post! :D

Boa reflexão e conselho!
A única pessoa que por vezes mando calar quando percebo que se está a exceder tem sido a minha filha. Mas tenho procurado ensiná-la e corrigi-la nesses momentos mais acesos.
Fica no entanto o lembrete para mim também Viviana.
Obrigada pela partilha.

gaivota disse...

minha amiga, venho retribuir a grata visita que me fez e, abordando este assunto de mandar calar... é um hábito/costume internacional!
concordo que é feio, mas, às vezes, apetece tanto mandar calar certas gentes...
em crianças devemos, sim, ensiná-los, em tudo!do melhor que sabemos!
um beijinho e apareça sempre!

Lou H. Mello disse...

Acho que você está certíssima. Mas gostaria de aprender a mandar calar a mim mesmo. Incontáveis vezes eu falo além da conta.

Viviana disse...

Sabe Lou, eu sou conhecida na família como "a faladora"...falo com toda a gente, digo o que acho que devo dizer, por exemplo:
Ontem estava na paragem do autocarro, e ele já ia a sair, e notei que vinha a passar um senhor idoso com umas bengalas e cuja mão direita tremia. tremia. Eu, disse-lhe com um sorriso: Bom dia! e continuei: O senhor desculpe, mas a minha mãezinha tambem tinha ees problema de as mãos tremerem e sabe o que ela fez? ela tomou cápsulas de alho e passado algum tempo as mãos deixaram de tremer e viveu até aos 91 anos!Ela tomou alho uns 15/20 anos.
Se o senhor quiser experimentar mal não faz e pode fazer bem a muita coisa.
O senhor sorriu para mim, explicou-me porque ficou assim e agradeceu as minhas palavras.
Agora o Lou diga, normalmente ninguem faz isto:mas eu, eu sinto-memuito bem falando com as pessoas.
Ainda um dia, quem sabe, eu vou-lhe contar tantas coisas engraçadas que aconteceram por eu ser assim.
Só mais uma coisa:

O Lou acha que fala muito?
Mas olhe que o que fala, fala bem.

Paulo Costa disse...

Estou em sintonia com o Lou. Gostaria de aprender a mandar calar a mim mesmo. Especialmente em certas ocasiões em que digo o que não devia dizer. Falta de autodomínio, de disciplina.
Estou-lhe muito grato por querer publicar o post sobre Jesus. Sempre que desejar, tem toda a liberdade para publicar qualquer um dos textos dos meus blogs.
Abraço fraterno em Cristo!

Viviana disse...

Paulo

Por algum motivo já o Apostolo Tiago dizia na sua Epístola:

"Mas nenhum homem (ou mulher) pode domar a sua língua. È um mal que não se pode refrear Está cheia de peçonha mortal."
Capítulo 3, versículo 8

Mas é consolador pensar que o nosso bom Deus e Pai,conhecendo as nossas fraquezas mesmo assim nos ama e nos recebe de braços abertos,e nos aceita como seus colaboradores.

Obrigada pela permissão para publicar no meu blogue o seu post.

Bençãos

viviana