segunda-feira, 31 de março de 2008

Quando a Igreja é mesmo uma família...



…acontecem coisas maravilhosas e tocantes:
Ontem, na Casa de Oração (“a minha Casa será chamada de Oração”disse Jesus) depois de o Pastor ter apresentado o estudo da lição da Escola Bíblica Dominical, deu oportunidade para algum irmão ou irmã apresentar qualquer contributo ou fazer algum comentário, como habitualmente faz. Então, do meio da congregação levanta-se uma jovem, vai junto dele e diz-lhe: Pastor, tenho uma coisa para lhe mostrar, e de imediato perante a admiração do Pastor e de todos os presentes, ela coloca-lhe nas mãos uma pequena ecografia.
A congregação emocionada percebeu logo tudo; a Sara, que o Pastor casou há cerca de dois anos, está grávida, e com os olhos e o rosto brilhantes de alegria e emoção, quis desta forma tão bela e singular, apresentar diante de Deus e partilhar com o Pastor e os seus irmãos em Cristo, a bênção de esperar um filho.
Daí a momentos, todos de mãos dadas, elevámos ao Senhor da vida uma oração, agradecendo pela “pequena vida” em gestação e suplicando para ela a direcção e protecção divinas.
Este foi um momento muito especial. A partir de agora, cada um de nós que ali esteve, vai sentir “como nosso” o bebé da Sara e intercederemos por ele e ficaremos aguardando a sua chegada com ternura e expectativa.
Este acontecimento fez-me lembrar a Igreja Primitiva, onde todos os crentes tinham tudo em comum e onde “ERA UM” o coração dos que criam., como nos relata o Livro dos Actos dos Apóstolos cap.4.32.

sábado, 29 de março de 2008

Quais são os nossos valores?



- “ Quando morremos, deixamos atrás de nós tudo o que temos, e levamos conosco tudo o que somos.”-

( Dr. Amos J. Tarver)

sexta-feira, 28 de março de 2008

Eu e os ninhos


Ninho de melro

Mais alguns dias e deixarei de andar de “nariz no ar” e olhos perscrutadores nos cimos das árvores á “cata”de ninhos. Desde o Outono passado que eu tenho feito isso sistematicamente, sempre que vejo uma árvore sem folhas. As árvores de um dia para o outro estão a ficar cobertas de folhas.
Com elas “despidas” é muito fácil verificar se há algum ninho construído na última Primavera e abandonado “pela família” depois de os filhotes terem levantado voo.
Desde criança que sinto uma atracção imensa pelas aves e pelos seus ninhos.
Fascinam-me! Encantam-me! Há como que um doce mistério a envolvê-los.
Quando avisto um…é uma alegria imensa!
Se me querem ver feliz, meus amigos… apontem-me um ninho numa árvore ou num arbusto.

quarta-feira, 26 de março de 2008

A Luz que brilha através de nós


No blogue “Conhecer e seguir Jesus”, da responsabilidade do Paulo Costa, encontrei um texto muito bonito e muito actual, intitulado “ A Luz que brilha através de nós”, o qual com a devida permissão passo a transcrever aqui:

«Faz-se o bem, não na medida do que se diz e do que se faz, mas na medida da graça que acompanha os nossos actos, na medida em que Jesus vive em nós, na medida em que os nossos actos são actos de Jesus agindo em nós e através de nós…

Toda a nossa existência, todo o nosso ser deve proclamar o Evangelho aos quatro ventos; toda a nossa pessoa deve respirar Jesus, todos os nossos actos, toda a nossa vida devem proclamar que estamos com Jesus, devem mostrar a imagem da vida evangélica; todo o nosso ser deve ser uma pregação viva, um reflexo de Jesus, que faça ver Jesus, que brilhe como uma imagem de Jesus.»

Charles de Foucauld

terça-feira, 25 de março de 2008

O hábito de mandar calar os outros


Impressiona-me bastante a facilidade e a frequência, com que tantas pessoas mandam calar as outras. Até parece que é a coisa mais natural deste mundo.
Considero o direito á palavra, como básico e fundamental, no que concerne ao respeito de uns para com os outros, pois a cada pessoa deverá ser dada oportunidade de, livre e espontaneamente, expor as suas ideias, os seus pensamentos e os seus pontos de vista, sem que ninguém a ouse interromper enquanto não tiver terminado o que tem para dizer.
Foi assim que eu e os meus três irmãos fomos ensinados pelos nossos pais desde bem pequeninos; e que eu me lembre – haja quem isto confirme, não o receio – até hoje, eu creio que nunca mandei calar ninguém. Acho que não o conseguiria fazer.
Ao longo dos anos tentei passar a mensagem aos filhos e, mais tarde também aos netos.
Dos sete netos que tenho, há dois que são irmãos – um rapaz de 14 anos e uma menina de 9 – com os quais contacto bastante, pois vivem no andar de cima, e que de vez em quando “brigam”… como é natural entre irmãos, e a menina “volta que não volta,” está a mandar calar o irmão. Não imaginam o quanto isso me perturba!
Há uns dias atrás, eu e ela falámos sobre o assunto; creio que ela entendeu como é importante e necessário que pela vida fora, a começar já, respeite todas as pessoas nunca mandando calar ninguém.

Para a Manhã


Rosa acordada, que sonhaste?
Nas pálpebras molhadas vê-se ainda
Que choraste…
Foi algum pesadelo?
Algum presságio triste?
Ou disse-te algum deus que não existe
Eternidade?
Acordaste e és bela:
Vive!
O sol enxugará o teu pranto
Passado.
Nega o presságio com perfume e encanto!
Faz o dia perfeito e acabado!

(Miguel Torga)

segunda-feira, 24 de março de 2008

O Pilriteiro está de novo florido


Oh pequenas e alvas flores do pilriteiro!
Como sois belas na vossa simplicidade!
Por aqui fui passando, esperei-vos o ano inteiro,,,
E agora aí estais vós, enchendo-me de felicidade!

domingo, 23 de março de 2008

A RESSURREIÇÃO


O meu maninho "emprestou-me" esta imagem do seu site.

E no primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro.
Correu pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram.
Então saiu com o outro discípulo, e foram ao sepulcro.
E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro.
E, abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia não entrou.
Chegou pois Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis.
E que o lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar á parte.
Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.
Porque ainda não sabiam a Escritura: que era necessário que ressuscitasse dos mortos.
Tornaram pois os discípulos para casa.
E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela pois chorando, abaixou-se para o sepulcro.
E viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um á cabeceira e outro aos pés.
E disseram-lhe eles: Mulher, porque choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram.
E, tendo dito isto, voltou-se para trás, e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus.
Disse-lhe Jesus: Mulher, porque choras? Quem buscas? Ela cuidando que era o hortelão, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, diz-me onde o puseste, e eu o levarei.
Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Rabboni (que quer dizer, Mestre).
Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos e diz-lhe que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.
Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos que vira o Senhor, e que Ele dissera isto.

Evangelho de João capitulo 20:1 a 18

sábado, 22 de março de 2008

O Hino "Rude Cruz"


George Bennard
(1873 - 1958)

Desde bem cedo comecei a cantar hinos cristãos, quer na Igreja que frequentava, quer em casa, no culto doméstico. O meu saudoso pai gostava muito de cantar, e por isso era frequente no culto doméstico, que se realizava todos os dias… cantarmos 3, 4, 5 hinos; tanto assim que a maioria dos hinos que conheço foram aprendidos nessa altura.
Há já muito tempo, que eu não preciso de levar o Hinário para o culto, pois sei praticamente todos os hinos que habitualmente se cantam, de cor.
Mas, entre as muitas dezenas que sei de cor, há três que são os meus preferidos:
“Fiel és tu Senhor” - “Excelsa Graça -” e “Rude Cruz”. E é sobre este último que eu gostaria de escrever um pouco:
Este hino foi escrito por George Bennard, que nasceu no dia 04/02/ 873 e faleceu a 09/10/958, nos Estados Unidos.
Para ele a Cruz é o coração do Evangelho; e foi um dia, quando passava por momentos muito difíceis na sua vida, quando sentia o peso da sua cruz, que ele pensou na cruz de Cristo, e daí lhe veio a inspiração para escrever este Hino belíssimo que é a “Rude Cruz”. Foi escrito no ano de 1912 com o nome de” Old RuggedCross”.
(Velha rude cruz) e foi cantado pela primeira vez, no ano de 1913 numa grande Convenção em Chicago
.Imediatamente se tornou imensamente popular no País todo, e, em pouco tempo ao redor do mundo.
Georg Bennard escreveu mais de 300 hinos, mas foi a “Rude Cruz” o que se tornou mais conhecido, e fez mais famoso o seu autor.

RUDE CRUZ

Rude cruz se erigiu, dela o dia fugiu,
Como emblema de vergonha e dor;
Nas eu amo essa cruz porque nela Jesus
Deu a vida por mim pecador.

Coro

Sim eu amo a mensagem da cruz
Té morrer eu a vou proclamar,
Levarei eu também minha cruz,
Té por uma coroa a trocar.

Desde a glória do céu o Cordeiro de Deus
Ao Calvário humilhante baixou;
E essa cruz tem p´ra mim atractivos sem fim,
Porque nela Ele me resgatou.

Nessa cruz padeceu e por mim lá morreu
Meu Jesus para dar - me o perdão;
E eu me alegro na cruz, dela vem graça e luz
Para minha justificação.

Eu aqui com Jesus, a vergonha da cruz
Quero sempre levar e sofrer;
Ele vem-me buscar e com Ele no lar
Uma parte da glória hei – de ter

sexta-feira, 21 de março de 2008

O Servo Sofredor


Quem deu crédito á nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor?
Porque foi subindo como renovo perante Ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e olhando nós para Ele, nenhuma beleza via-mos para que o desejássemos.
Era desprezado, e o mais indigno entre os homens; homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Verdadeiramente Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as dores levou sobre si; e nós o reputámos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos trás a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
Ele foi oprimido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores Ele não abriu a sua boca
Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo foi Ele atingido.
E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; porquanto nunca fez injustiça, nem houve engano na sua boca.
Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
O trabalho da sua alma Ele verá, e ficará satisfeito: com o seu conhecimento o meu servo, o justo justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.
Pelo que lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá Ele o seu despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas Ele levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercede.


Livro do profeta Isaías capítulo 53

quinta-feira, 20 de março de 2008

Os amendoins na história da nossa família



Quando penso em amendoins, a minha memória leva-me de imediato para a Argentina, onde nasci, e onde os meus pais e avós semeavam e colhiam amendoins.
.Não me lembro deles na terra, mas sim num tabuleiro, tostadinhos, acabadinhos de sair do forno, onde a mãe os preparava para pôr na mesa do pequeno - almoço.
Lembro-me também que já em Portugal, mais precisamente em Maceira – Pêro Pinheiro, o pai e a mãe os semeavam; eles sempre “amanharam” terras pois ambos vieram de famílias de agricultores.
O pai costumava ir comprar todas as sementes que precisava para semear, á Casa das Sementes em Lisboa, na praça da Figueira, onde se vendia também as sementes de amendoim que, salvo o erro, eram oriundas de Israel, o chamado amendoim de Israel que era um amendoim miudinho mas muito saboroso, nada que se compare aos amendoins que agora por aí se vendem e que, para alem de praticamente não virem torrados, foram modificados geneticamente para serem maiores e produzirem mais, mas que já nem sequer sabem a amendoins e se tornam até enjoativos.
Lembro-me da cara de espanto que as pessoas que passavam pela “horta” do pai faziam, ao ver aquelas plantinhas desconhecidas; paravam e perguntavam o que era aquilo.
As plantas eram de um verde amarelado, constituindo uns tufos arredondados onde se podiam ver umas minúsculas florinhas amarelas Eram semeados na primavera e colhidos no fim do verão, mais precisamente em Setembro; recordo que era a ultima coisa a ser colhida, e era arrancada com a mão, com muito cuidado e deixadas ao sol com a raiz, onde estavam os amendoins, virada para cima para secar a terra húmida que estava pegada. Ao fim do dia, sacudíamos a terra pé por pé, e transportávamo-los para casa, para serem colocados numa eira ao sol para secarem. Só quando estavam muito bem secos é que eram guardados numa arca,
Recordo que quando tinha os filhos pequenos e visitava os meus pais ao fim de semana, lá vinha a mãe com o tabuleiro de amendoins torradinhos, acabados de sair do forno, tal como fazia na Argentina, para acompanhar o lanche.
Mesmo depois do pai partir para o céu, a mãe e eu continuámos a semear amendoins, e lá em casa, que está como a mãe deixou…está guardado num armário, o velho tabuleiro de alumínio, no qual ela torrava os amendoins. Acho que o vou guardar muito bem guardado, e um dia, vou passá-lo como herança ao meu filho Pedro, o mais velho dos netos da Nena e do Chê, para preservar a história dos amendoins na história da nossa família.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Canção da Velhice



Corri o mundo; aprendi
O saber dos desenganos…
Só então compreendi
O quanto valem os anos.

Fui semeando ilusões
Da vida pelo caminho;
Quando voltei a colhê-las,
Achei-me pobre e sozinho.

Fez o tempo na minh’alma
Uma nova sementeira:
Semeou a experiência
Com mão segura e certeira.

Dizem que os livros encerram
Muita luz, muita lição;
Mas nenhuma como aquela
Que só os anos nos dão!

A vida é um livro aberto
Que toda a gente anda a ler;
Até a morte chegar
Sempre há muito que aprender.

A mocidade soletra,
Os homens lêem melhor.
Os velhos, esses já quase
Sabem o livro de cor.

Andei muito pela vida…
Agora vou descansar
Á beira deste caminho
A ver os outros passar.

E a mocidade iludida,
A correr, passa por mim…
Se eu te dissesse o que sei
Já não corrias assim!

Cortes Rodrigues, Em Louvor da Humildade
(S. Miguel)

segunda-feira, 17 de março de 2008

Os Juízes que temos para defender as nossas Crianças



Ao ligar a televisão hoje de manhã cedo, ouvi a seguinte notícia: "Já não vai para a prisão o homem que molestou sexualmente uma menina de 6 anos. "
Fiquei á espera do desenvolvimento da notícia e então ouvi: "Uma menina de 6 anos, entrou num café para comprar pastilhas elásticas, e o proprietário do café, homem de 37 anos, conduziu-a para trás do balcão e molestou-a sexualmente.
O Juiz que julgou o caso, aplicou ao homem uma pena suspensa de 2 anos e diminuiu o valor da indemnização pedida pela família da criança."
Ao ouvir isto, eu quase entrei em choque; eu não queria acreditar no que estava a ouvir. Como pode ser isto? Um homem molesta uma menina de 6 anos e não lhe acontece nada!? Nada! Porque uma pena suspensa é nada… nem sequer vai para a cadeia! E fica ali no café, á espera que venha outra menina ou… a mesma menina, para repetir o feito.
Mas ainda o que mais me incomoda e perturba, é a atitude do juiz, para o qual pelos vistos , não é grave o que aconteceu! Como é que pode ser!? Como é que ele vê isto!? Tem tão pouca importância aos seus olhos e perante a sua consciência, o sucedido?
Onde está a sua sensibilidade perante os “crimes” horrendos cometidos contra as crianças indefesas!?
Fez-me lembrar o que acontecia aqui há uns tempos atrás, quando uma mulher maltratada pelo marido, ganhava coragem ao fim de muito tempo e dirigia-se á esquadra da polícia para apresentar queixa e, os polícias não ligavam a mínima... e ainda se riam uns para os outros… Eu acompanhei mulheres e assisti a isso.
Hoje, logo pela manhã, fiquei triste, muito triste! e pensei: Pobres crianças de Portugal! Com juízes como estes a defendê-las…quem lhes irá acudir!?
Estão mal! Mesmo mal!
E depois… ao pensar nestas coisas, vem-nos logo á cabeça o “caso Casa Pia”!
Que Deus tenha misericórdia das nossas crianças.

" Ouvir é Amar"



Tenho constatado que existe um grave problema no relacionamento entre as pessoas, dum modo geral, resultante da incapacidade e indisponibilidade de ouvir com atenção um ao outro. Mesmo entre os cristãos e os seus líderes espirituais o problema não deixa de se colocar.
È um assunto que me preocupa e me trás alguma angústia, pois vejo os efeitos nefastos que resultam daí.
Sobre este tema, encontrei um texto que considero muito interessante e muito actual, no blogue” Praxis Cristã”, da responsabilidade do Pastor Maurício Abreu de Carvalho, o qual passo a transcrever aqui:

“ O primeiro serviço que alguém deve ao outro na comunidade é ouvi-lo. Assim como o amor de Deus começa com o ouvir a sua palavra, assim também o amor ao irmão começa com o aprender a escutá-lo. È prova do amor de Deus para conosco que não apenas nos dá a sua Palavra, mas também nos empresta o ouvido. Portanto é realizar a obra de Deus no irmão quando aprendemos a ouvi-lo. Cristãos e especialmente pregadores sempre acham que têm algo a “oferecer” quando se encontram na companhia de outras pessoas , como se isso fosse o seu único serviço. Esquecem que ouvir pode ser um serviço maior do que falar. Muitas pessoas procuram um ouvido atento, e não o encontram entre os cristãos, porque esses falam quando deveriam ouvir…”

Fonte: Sociedade Internacional Bonhoeffer
http: // www.sociedadebonhoeffer.org.br./

domingo, 16 de março de 2008

Porque hoje é Domingo


Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.
Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá Ele aos seus amados o sono.
Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.
Como frechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade.
Bem – aventurado o homem que enche deles s a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos á porta.

Salmo 127.

sábado, 15 de março de 2008

Os 25 anos do Instituto de Apoio á Criança



O Instituto de Apoio á Criança é uma Instituição de Solidariedade Social, criada em14 de Março de 1983, portanto faz hoje 25 anos,, por um grupo de pessoas de diferentes áreas profissionais – médicos, magistrados, professores, psicólogos, juristas, sociólogos, técnicos do serviço social, educadores, ect.
È uma associação sem fins lucrativos, que tem por objectivo principal contribuir para o desenvolvimento integral da criança, na defesa e promoção dos seus direitos, sendo a criança encarada na sua globalidade, como total sujeito dos seus direitos nas diferentes áreas, quer seja na saúde, na educação, segurança social ou nos seus tempos livres.
Pretende estimular apoios e divulgar o trabalho de todos aqueles que se preocupam com a procura de novas respostas para os problemas da infância em Portugal, assim como colaborar com instituições congéneres nacionais e estrangeiras.
Nesta data importante, quando comemora os seus 25 anos de existência, quero, como mulher, mãe, avó, e cidadã portuguesa, congratular-me por todo o excelente trabalho que tem desenvolvido em prol das crianças necessitadas; e agradecer muito sincera e reconhecidamente, a todos sem excepção, na pessoa da sua Presidente, que é afinal o rosto da Instituição, Drª Maria Manuela Ramalho Eanes, tudo quanto foi feito durante estes 25 anos, para tornar um pouco mais felizes tantas e tantas crianças do meu País. Bem hajam! E por favor continuem! Pois há muito ainda a fazer.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Compreender o olhar


Quem não compreende um olhar,
tampouco compreenderá uma longa explicação.

(Mário Quintana)

quinta-feira, 13 de março de 2008

A Talha de Pedra



Na aldeia de Maceira, Pêro Pinheiro, Sintra, onde os meus pais viveram a maior parte da sua vida, (53 anos) á porta de uma casinha muito antiga, que por sinal é de um amigo meu, filho de uma das minhas mais queridas amigas e irmã em Cristo, já com Deus, está colocada uma talha de pedra lindíssima, muito, muito antiga… talvez do inicio do século 20, a qual eu aprecio muito e para a qual não me canso de olhar quando passo naquele local.
O meu amigo Custódio, assim se chama, disse-me que já vários antiquários lha quiseram comprar mas que ele nunca se quis desfazer dela, pois tem valor afectivo, uma vez que já vem do tempo do seu bisavô.
Desconheço se haverá mais alguma talha do género por ali, embora saiba que antigamente, era comum as famílias possuírem-nas, pois eram usadas para vários fins.
E, ao olhar para ela, fico a pensar... que seria tão bom se ela me pudesse contar as histórias e vivências daquele tempo que já lá vai.
Receio que um dia destes o meu amigo Custódio tenha a desagradável surpresa, de não a encontrar mais; desejo muito que tal não aconteça e desejo muito que entretanto, as gentes da terra, decidam finalmente criar um Museu, onde possam guardar, preservar, e passar para as gerações futuras, tantas e tão belas coisas que constituem a história daquela pequena mas “grande” aldeia do concelho de Sintra da qual eu gosto muito.

quarta-feira, 12 de março de 2008

A visita da Saudade


De vez em quando a saudade
Regressa sem avisar.
Entra mesmo sem licença,
Impõe a sua presença
E, contra minha vontade,
Obriga-me a recordar.

Vêm memórias passadas.
È como um filme sem fim;
Passam imagens queridas
Que nunca foram esquecidas
Pois conservo-as bem guardadas
P’ra sempre dentro de mim.

Vai o tempo atenuando
A força das emoções:
Mas não abranda a saudade
Que aumenta de intensidade
Quando os anos vão passando,
E aperta os corações.

(Edite Costa Carvalho Pereira)
Julho 2005

terça-feira, 11 de março de 2008

Previsão?

No "Jubilai" - Publicação Trimestral da Sociedade de Senhoras da I Igreja Baptista de Lisboa - encontrei este artigo da autoria do Pastor Celestino Torres de Oliveira, que por considerar actual e oportuno, tomei a decisão de o transcrever aqui.
Muito daquilo que sempre caracterizou e destinguiu o culto genuinamente Evangélico, e no caso Baptista, está a desaparecer radicalmente das igrejas que hoje ostentam ainda esse rótulo. São poucas as igrejas que permanecem fiéis na doutrina e no modo como cultuam e louvam a Deus.
A exigência cristã de um culto "em espírito e em verdade" requer que o nosso louvor não seja carnal ou sensual, mas "em espírito" ou seja, que não dê lugar aos desejos da carne, mas que estes sejam mortificados a fim de podermos adorar a DEus como Cristo estipula no Novo Testamento.
O culto Áquele que é três vezes SANTO não pode ser transformado num arraial popular, numa conformação total com o que se houve e se vê no mundo pagão ou ateu.
O problema que se vai colocar muito em breve aos verdadeiros crentes, áqueles que defacto são uma nova criação em Cristo, é onde cultuar a Deus em "espírito e em verdade"?
Vislumbra-se um retorno ás pequenas igrejas que se reuniam em casas particulares e que abundavam no tempo dos apóstolos nos tempos de perseguição.

segunda-feira, 10 de março de 2008

"Deixemos a Criança nascer"


- “A nós, que aqui nos encontramos, os nossos pais quiseram-nos. Não estaríamos aqui, se os nossos pais nos tivessem abortado. Os nossos filhos, nós queremo-los, nós amamo-los. Mas, e os outros tantos e tantos milhões? Muita gente preocupa-se em valer ás crianças em África, onde tantos morrem, por deficiente alimentação, pela fome, etc., mas há milhões e milhões que morrem por vontade deliberada da sua própria mãe! E é este o destruidor da paz nos tempos actuais. É que, se a mãe pode matar o próprio filho, o que me impede a mim de vos matar a vós e a vós de me matar a mim?! Ninguém!
DEIXO AQUI O MEU APELO AO MUNDO.” -




(Madre Teresa de Calcutá)

domingo, 9 de março de 2008

Porque hoje é domingo...



Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos!
A minha alma está desejosa e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo
Até o pardal encontrou casa e a andorinha ninho para si e onde ponha os seus filhos, até mesmo nos teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu!
Bem - aventurados os que habitam em tua casa; louvar – te – hão continuamente.
Bem – aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.
Que, passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte; a chuva também enche os tanques.
Vão indo de força em força; cada um deles em Sião aparece perante Deus.
Senhor, Deus dos exércitos, escuta a minha oração; inclina os teus ouvidos, ó Deus de Jacó!
Olha, ó Deus, escudo nosso, e contempla o rosto do teu ungido.
Porque vale mais um dia nos teus átrios do que mil Preferiria estar á porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas dos ímpios.
Porque o Senhor Deus é um sol e escudo; o Senhor dará graça e glória; não retirará bem algum aos que andam na rectidão.

(Salmo 84)

sábado, 8 de março de 2008

Hoje é o Dia Internacional da Mulher



Há 145 anos no dia 8 de Março de 1857, teve lugar aquele que terá sido, em todo o mundo, uma das primeiras acções organizadas por trabalhadores femininos. Centenas de mulheres das fábricas de vestuário e têxteis de Nova Iorque, iniciaram a marcha de protesto contra os baixos salários, o período de 12 horas diárias e as más condições de trabalho. A manifestação foi violentamente dispersada pela polícia.
O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como o Dia Internacional da Mulher.
Eu, preferiria, que não fosse comemorado este dia, pois a necessidade de ainda ser comemorado, leva-me a concluir que ainda há “alguma coisa” que não está bem com a mulher, quanto á igualdade em relação ao homem. Aguardo com expectativa e optimismo, o dia em que não seja mais necessário, comemora o Dia Internacional da Mulher

sexta-feira, 7 de março de 2008

Um Sorriso e uma rosa




A Catarina, por quem pedi que intercedessem junto de Deus, manda UM SORRISO de agradecimento e eu mando uma Rosa.
Ela já está melhor, e sorri, como que agradecida, para todos os que dela se aproximam, embora continue internada e a precisar de cuidados especiais.
Cremos que dentro de alguns dias poderá voltar para junto da família em casa.
Obrigado a todos os que oraram. Bem Hajam.




Deus é Fiel! Aleluia!

Almeida Garret e Sintra


Oh! Cintra! Oh saudosíssimo retiro!
Onde se esquecem mágoas, onde se folga
De se olvidar no seio á natureza
Pensamentos que embala adormecido
O sussurro das folhas, c’o o murmúrio
Das despenhadas lymphas misturado!
Quem, descansado á fresca sombra tua,
Sonhou senão venturas? Quem, sentado
No musgo das tuas rocas escarpadas,
Espairecendo os olhos satisfeitos
Por céus, por mares, por montanhas, prados,
Por quanto há aí mais belo no universo,
Não sentiu arrobar-se-lhe a existência.
Poisar-lhe o coração suavemente
Sobre esquecidas penas, amarguras,
Ânsias, lavor da vida? – Oh grutas frias,
Oh gemedoras fontes, oh suspiros
De namoradas selvas, brandas veigas,
Verdes outeiros, gigantesca serras!
Não vos verei eu mais, delícias d’alma?

quinta-feira, 6 de março de 2008

O que eu vejo da minha janela


Da minha janela eu posso ver muitas coisas interessantes, mas o que habitualmente mais aprecio e me encanta, è o entardecer, com toda a sua beleza e magia.
Há um quê de mistério e nostalgia, nesses breves instantes em que o sol, depois de nos acarinhar e mimar com os seus fúlgidos e brilhantes raios, se vai escondendo muito devagarinho, ao longe, por detrás da Serra de Sintra e do Mar.
A paleta de cores, e os mais extraordinários desenhos, com que o firmamento se adorna nesses instantes que precedem a noite, completam o quadro maravilhoso que jamais algum mestre pintor retratou tão perfeita e fielmente.
Nestes instantes, o meu espírito se aquieta e tranquiliza, e brota do meu coração uma serena e doce gratidão, para com o Deus – Pai – Criador, que por me amar tanto e me querer tão bem, preparou tudo isto para mim, para me alegrar e me fazer sorrir de felicidade.

terça-feira, 4 de março de 2008

Requiem por Maria Gabriela Llansol



A Escritora e a sua Casa em Colares - Sintra

A escritora Maria Gabriela Llansol faleceu ontem vítima de cancro, na sua casa em Colares – Sintra. Nasceu em Campo de Ourique – Lisboa, no dia 24 de Novembro de 1931, contava portanto 76 anos.
Tinha ascendência espanhola pelo lado materno, daí o nome Llansol.
Depois de ter completado os seus estudos superiores, e ter dirigido um Jardim de Infância, partiu para a Bélgica, no ano de 1965, onde se “exilou", regressando a Portugal no ano de 1985, para se “isolar” na bela e verdejante Colares, nos arredores de Sintra, seu local de eleição, onde viria a falecer a 03/03/2008.
Deixa cerca de 30 obras marcadas por uma escrita inovadora e á margem da literatura. È considerada uma das mais inovadoras escritoras de ficção portuguesa contemporânea. O seu primeiro livro foi escrito em 1962 e intitula-se Os pregos na Erva”.
Todo o seu espólio foi doado á Associação de Estudos Llansolianos, criada em 2006 para estudar a obra da autora.
Também em Colares, na sua casa, foi criado “O Espaço Llansol”, que poderá consultar através da Internet – Espaço Llansol – (escrito a lápis). Embora, não conhecendo a sua vasta obra, quero desta forma simples mas sincera, prestar a esta grande escritora portuguesa, a minha sentida homenagem e, uma coisa eu quero, é logo que tenha oportunidade para o fazer, visitar o Espaço Llansol em Colares, pois creio que irei gostar muito.

Ser semelhante a Jesus


- Quero que as virtudes de Jesus - a sua Pureza, Humildade , Misericórdia e Bondade - façam parte do meu carácter, de tal forma que, quando as pessoas olharem para os meus olhos ou ouvirem a minha voz, vejam e oiçam Jesus. –
(Kathy Trocoli)


Nota: Estou muito grata a todos os que têm intercedido a Deus pela Catarina; ela está um pouco melhor, mas muito, muito fraquinha, por isso peço que continuem a orar. Obrigado.




domingo, 2 de março de 2008

Pedido URGENTE de Oração



Peço, encarecidamente, a todos os que crêem no poder da Oração intercessória, e que “passarem” por aqui, o favor de orarem pela menina Catarina, bebé de 4 meses, filha da jovem Ana Luísa da Igreja de Morelena, que se encontra em estado considerado muito grave, nos cuidados intensivos do Hospital da Amadora – Sintra, com graves complicações respiratórias.
Cremos, firmemente, que Deus é o mesmo ontem, hoje e eternamente, e que o seu poder e amor não mudam nunca!


Ele pode salvar a Catarina!


Agradeço-lhes de todo o coração

sábado, 1 de março de 2008

A Fé perfeita em Deus



Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.
Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares; ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.
Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.
Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará ao romper da manhã.
As nações se embraveceram, os reinos se moveram; Ele levantou a sua voz e a terra se derreteu.
O Senhor dos Exércitos está connosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.
Vinde, contemplai as obras do Senhor; que desolações tem feito na terra!
Ele faz cessar as guerras até ao fim da terra; quebra o arco e corta a lança: queima os carros no fogo.
Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre as nações, serei exaltado sobre a terra.

O Senhor dos Exércitos está connosco; O Deus Jacó é o nosso refúgio.


Salmo 46




Uma Prece


Ensina-nos, bom Senhor, a servir-te conforme Tu és digno;
A dar, sem considerar-mos o que nos custa;
A combatermos, sem ligarmos importância aos ferimentos;
A nos esforçarmos e não procurarmos descanso;
A trabalhar, sem pedirmos galardão que não seja a convicção
de que estamos fazendo a tua vontade, por Jesus Cristo, nosso Senhor.
Ámen.

"Extraído de “Alimento Espiritual”
(Fevereiro de 1943)