quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

As palavras



Após alguns dias de ausência por motivos técnicos, aqui estou de volta.


Há dias, no fim do culto evangelístico que se realiza todos os domingos á tardinha em sua casa, na aldeia onde vive nos arredores de Sintra, uma jovem irmã e amiga pediu-me para orar por ela para que o Senhor possa ajudá-la a controlar a sua língua, pois acha que corre o risco de magoar pessoas e prejudicar a obra do Senhor que tanto ama e quer ver crescer e produzir fruto.
Daí para cá, tenho meditado sobre isto e tenho procurado lembrar-me do que a Palavra de Deus nos diz sobre o assunto e o que Ele quer que saibamos a respeito.
Veio-me á memória também o belo e velho poema do meu livro da segunda classe do ensino primário, “As vozes dos animais”, onde o poeta depois de apresentar “muitas vozes”… termina dizendo: “A fala foi dada ao homem rei dos outros animais”…
Também tem vindo á minha mente o drama das pessoas que por motivos vários, estão privadas do dom da fala, como por exemplo o meu cunhado Mário, homem na casa dos sessenta, a quem um acidente vascular cerebral deixou com imensas limitações, incluindo a fala; È profundamente triste vê-lo querer falar connosco e as palavras não obedecerem ao pensamento que nos quer transmitir.
Chego á conclusão que Deus foi muito bondoso ao dar-nos o dom da fala e que por isso lhe devemos ser muito gratos.
Creio também que, tal como a minha jovem amiga, deverá ser nossa preocupação, usar-mos as palavras de uma forma sábia e sempre positiva. Precisamos que o Espírito Santo habite de tal maneira em nós que possa coordenar e controlar tudo o que dizemos, pois nós não podemos sequer imaginar as maravilhas que Deus pode fazer quando a nossa língua é controlada pelo Espírito.
Do mesmo modo, nós não podemos imaginar o mal e os prejuízos que podemos causar quando dizemos tudo o que nos vem á cabeça. .
Sejamos sábios, sejamos humildes, quando falamos, lembrando sempre o que a Palavra nos diz:

- Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita seu tempo.
(Provérbios 25:11)

- Com ela (a língua) bendizemos ao Senhor e pai, e com ela amaldiçoamos aos homens que foram criados á imagem de Deus; da mesma boca procedem bênção e maldição. Não convém meus irmãos que assim seja.
(Tiago 3:9 e 10)

- Digo-vos que no dia de juízo, cada um terá de dar contas a Deus por toda a palavra inútil que tenha dito.
(Evangelho de Mateus 12: 36)

Creio que precisamos orar como o Salmista:
Põe, ó Senhor, uma guarda á minha boca; guarda a porta dos meus lábios.
(Salmo 141: 3).

Assim o Senhor nos ajude.

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