Soubemos que a Dª C. estava doente e muito debilitada e decidimos ir visitá-la. È uma senhora de 82 anos que há cerca de um ano e meio sofreu um acidente vascular cerebral do qual recuperou em parte.
Mais recentemente, há cerca de três semanas, “apanhou gripe” que lhe trouxe uma complicação respiratória para a qual tem necessidade de recorrer ao oxigénio.
Encontrámo-la deitada sobre a cama a descansar, coberta com um cobertor que, pelo toque, me apercebi que era muito antigo; disse-me que ainda é do seu enxoval.
Ao seu lado, o seu marido, o senhor E., que sempre carinhoso e solícito a cuidava com imensa ternura. Ele é um pouco mais velho que ela, creio que tem 85 anos.
No quarto estavam mais duas pessoas que eram vizinhas e amigas e que tinham vindo visitar a senhora.
Começámos a conversar e ás tantas falámos da “Casa de Oração” que toda a gente da terra conhece muito bem. Aí, o senhor E começa a cantar um hino muito conhecido entre os crentes: “ O ano novo hoje recebemos, o ano velho nunca mais veremos…”e disse que era hábito cantá-lo na noite de vigília, na passagem de ano, na Casa de Oração quando era criança, aí com uns 7/8 anos. A seguir recita um poema de Natal que disse nessa altura.
Imaginem o nosso espanto! Ele não frequenta a Casa de Oração desde a sua adolescência…E aos 85 anos ainda se lembra de todas essas coisas!
Quer dizer: ele é do tempo do início do trabalho Evangélico na terra! Ele e a esposa que também assistia lá.
Então aproveitei e fiz-lhe muitas perguntas que há muito eu queria saber. Foi delicioso ouvi-lo falar do Herói pioneiro, o Colportor Bíblico, Arduino Gonçalves, que percorreu o País com uma mala cheia de Bíblias a disseminar a palavra de Deus, e que foi parar aquela aldeia porque a esposa, professora do ensino primário, estava “doente dos pulmões” e lhe disseram que aqueles “ares” eram muito bons para a ajudar a curar.
Ambos eram crentes fiéis e zelosos e grandes testemunhas do amor de Deus Mal se instalaram na aldeia, imediatamente começaram a falar ás pessoas dali do que lhes enchia a alma; abriram imediatamente uma escola para ensinar os meninos da terra a ler, pois nesse tempo só os meninos ricos iam á escola.
Rapidamente um grupo de pessoas aceitou o Evangelho e foi assim, que aquela Igreja nasceu, vai fazer no mês de Maio 83 anos.
Fiquei tão contente que combinei com o senhor E. ir lá um dia com mais tempo para me falar mais sobre todas as coisas que ele sabe desses tempos fabulosos.
Já agora, salientar que também os pais das outras pessoas que ali se encontravam de visita, em crianças frequentaram a Casa de Oração.
Mais recentemente, há cerca de três semanas, “apanhou gripe” que lhe trouxe uma complicação respiratória para a qual tem necessidade de recorrer ao oxigénio.
Encontrámo-la deitada sobre a cama a descansar, coberta com um cobertor que, pelo toque, me apercebi que era muito antigo; disse-me que ainda é do seu enxoval.
Ao seu lado, o seu marido, o senhor E., que sempre carinhoso e solícito a cuidava com imensa ternura. Ele é um pouco mais velho que ela, creio que tem 85 anos.
No quarto estavam mais duas pessoas que eram vizinhas e amigas e que tinham vindo visitar a senhora.
Começámos a conversar e ás tantas falámos da “Casa de Oração” que toda a gente da terra conhece muito bem. Aí, o senhor E começa a cantar um hino muito conhecido entre os crentes: “ O ano novo hoje recebemos, o ano velho nunca mais veremos…”e disse que era hábito cantá-lo na noite de vigília, na passagem de ano, na Casa de Oração quando era criança, aí com uns 7/8 anos. A seguir recita um poema de Natal que disse nessa altura.
Imaginem o nosso espanto! Ele não frequenta a Casa de Oração desde a sua adolescência…E aos 85 anos ainda se lembra de todas essas coisas!
Quer dizer: ele é do tempo do início do trabalho Evangélico na terra! Ele e a esposa que também assistia lá.
Então aproveitei e fiz-lhe muitas perguntas que há muito eu queria saber. Foi delicioso ouvi-lo falar do Herói pioneiro, o Colportor Bíblico, Arduino Gonçalves, que percorreu o País com uma mala cheia de Bíblias a disseminar a palavra de Deus, e que foi parar aquela aldeia porque a esposa, professora do ensino primário, estava “doente dos pulmões” e lhe disseram que aqueles “ares” eram muito bons para a ajudar a curar.
Ambos eram crentes fiéis e zelosos e grandes testemunhas do amor de Deus Mal se instalaram na aldeia, imediatamente começaram a falar ás pessoas dali do que lhes enchia a alma; abriram imediatamente uma escola para ensinar os meninos da terra a ler, pois nesse tempo só os meninos ricos iam á escola.
Rapidamente um grupo de pessoas aceitou o Evangelho e foi assim, que aquela Igreja nasceu, vai fazer no mês de Maio 83 anos.
Fiquei tão contente que combinei com o senhor E. ir lá um dia com mais tempo para me falar mais sobre todas as coisas que ele sabe desses tempos fabulosos.
Já agora, salientar que também os pais das outras pessoas que ali se encontravam de visita, em crianças frequentaram a Casa de Oração.
Na foto acima, uma das minhas queridas amigas que tantas vezes visitei, e a quem sempre levava um raminho de flores... e que já partiu para Deus. Quanta saudade!
5 comentários:
Penso que o senhor E lhe falou de Arduino Adolfo Correia (julgo que não Gonçalves), o chamado "Arauto das Boas Novas". Tenho o relato da sua vida, contada num pequeno e velho livro escrito pela sua filha Lídia Júlia (desde o abandono na Santa Casa da Misericórdia, até à sua morte, passando pela conversão, casamento e dedicação à Obra, onde inclui algumas fotos).
Esse homem foi um exemplo. Apesar do trabalho que, naturalmente, é para honra de Deus, creio que só tem sido lembrado na igrejinha de Vila Verde.
Bem-hajam pelo vosso trabalho de evangelização. Deus vos abençoe.
Olá, Mimi
Na verdade, eu enganei-me no nome.
Obrigada pela correcção.Conheço-o tão bem e admiro-o tanto... que nem sei como me fui enganar.
Tem razão.
Creio que há uma enorme injustiça em relação a ele e á sua obra.
Porquê?
Creio que é porque ele não era baptista...
Mas eu já sou conhecida "por estas bandas", por estar sempre a falar dessa injustiça.
E sabe, não vou descansar enquanto não houver uma tofografia dele e da Dª Cristiana, ao lado de outra que lá está e que é de um casal de obreiros...
Obrigada pelo seu comentário
Um grande, grande abraço
Viviana
Bom, Arduíno Correia é mesmo um herói da fé, esquecido. Mas, pelos vistos, o esquecimento não vai perdurar por muito mais tempo...
Ele foi colportor (vendedor de bíblias), teve mil e uma aventuras no Portugal quase medieval do início do século XX, fez parte da primeira congregação baptista em Portugal (Porto, 1888), pelo seu testemunho foram iniciadas igrejas e foi instrumento de conversão para muitas pessoas (de várias denominações).
Boa tarde,
Só para esclarecer que Arduíno Correia era baptista tendo sido, inclusivé, pastor, entre outras igrejas e missões, da Igreja Baptista de Viseu.
Saudações em Cristo
Estive a ler os vossos comentários, que achei bastante interessante. Sou bisneta do Arduino Adolfo Correia e Julia Ribeiro Correia. A minha avó materna, Lídia Julia Correia Ançã, escreveu um livro sobre o trabalho do pai dela, meu bisavô. Nesse livro, existem várias fotos da vida dos meus bisavós e do trabalho missionário que eles fizeram em Portugal. Muito obrigada por lembrarem o trabalho pioneiro do meu bisavô. Bem hajam. Anabela Mendes
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